Por Paulinho do Hipismo
O Brasil vive um dos períodos mais sombrios de sua história recente: uma democracia sequestrada por um Judiciário que deixou de ser guardião da Constituição para se transformar em protagonista de um autoritarismo disfarçado de legalidade. Entre 2024 e 2025, o Supremo Tribunal Federal (STF) e setores do Judiciário ultrapassaram de forma escancarada os limites da sua função, atropelando a separação de poderes, violentando direitos e calando vozes dissidentes.
O cenário é escandaloso: o STF decidiu em favor do governo Lula em quase 90% das ações constitucionais. Não é mera coincidência, mas um projeto de poder. A Corte que deveria conter abusos tornou-se cúmplice deles, garantindo um manto de impunidade e legitimando políticas que ferem frontalmente a liberdade de expressão e a soberania popular.
A nomeação de Cristiano Zanin, ex-advogado pessoal de Lula, para o STF, foi um marco inequívoco dessa captura institucional. O Judiciário, que deveria ser impermeável a influências político-partidárias, hoje funciona como uma extensão do Palácio do Planalto. Não se trata mais de independência, trata-se de aliança, de blindagem mútua, de manutenção do status quo em detrimento do interesse público.
Os abusos não param aí. O Inquérito das ‘Fake News’, concebido sob a alegação de combater a desinformação, tornou-se um verdadeiro instrumento de repressão política. Parlamentares foram perseguidos, jornalistas silenciados, cidadãos censurados. Prisões arbitrárias, bloqueios de contas em redes sociais e remoção de conteúdos críticos são práticas típicas de regimes autoritários, que agora encontram guarida e aval no Judiciário brasileiro.
O STF, que deveria ser símbolo da defesa das liberdades, transformou-se no mais temido e autoritário dos poderes. A censura voltou a ser uma realidade, não por leis aprovadas democraticamente, mas por canetadas monocráticas, decisões liminares e interpretações criativas que ferem a Constituição e subjugam o povo.
Em 2025, a situação se agravou com a conivência do Judiciário diante da omissão do governo Lula em divulgar mais de 16 milhões de documentos públicos. A transparência — essência de qualquer república — foi sufocada sob o pretexto da proteção de dados pessoais, enquanto o STF silenciou covardemente ou, pior, legitimou mais esse atentado contra a cidadania.
Para completar esse quadro de privilégios e abusos, o próprio STF e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) ampliaram regalias para magistrados, ao mesmo tempo em que restringiram a transparência de seus atos. Juízes com supersalários, decisões obscuras e falta de prestação de contas se tornaram rotina, enquanto o povo, à margem, assiste atônito ao avanço de uma elite togada que governa sem voto, sem controle e sem limites.
É preciso dizer sem medo: vivemos sob uma ditadura da toga.
E diante dessa realidade, a pergunta que se impõe é: até quando o povo brasileiro vai aceitar ser refém de um Judiciário que despreza a democracia, manipula as leis conforme interesses políticos e sufoca a liberdade?
O Brasil só se libertará dessa nova tirania quando o povo acordar. Não basta se indignar silenciosamente. É preciso reagir. O voto não pode mais ser vendido, trocado por favores ou promessas vazias. O povo precisa se impor, exigir respeito e exigir um Judiciário que respeite os limites constitucionais.
Não é mais admissível que o cidadão aceite ser governado por quem nunca foi eleito, por quem se esconde atrás da toga para usurpar o poder popular. O Brasil pertence ao seu povo, e não aos ministros do STF ou aos políticos que se sustentam em alianças espúrias.
Chega de submissão, chega de covardia, chega de aceitar calado.
O futuro da nossa nação depende de uma sociedade forte, politicamente consciente e intransigente na defesa da sua liberdade. A democracia brasileira só será resgatada quando o povo deixar de aplaudir seus algozes e passar a enfrentá-los com coragem e determinação.
Ou o povo brasileiro desperta, ou será condenado a viver para sempre de joelhos diante da toga.
Paulinho do Hipismo é empresário em Mato Grosso
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