Repúblico espetacularmente opúsculo!
Meigo sonhador do Cerrado…
Pai do País evolúrico…
Colossador do progresso do Estado.

Político- Cientista de visão universalista…
O brilho estadista fica na epopeia tropicalista de seus passos!

Pai do Distrito Federal…
Fundou o maior sítio urbanal de modernura arquitetal do mundo vasto!

Jovem telegrafista…
Diocesano seminarista…
Médico urologista…
Escritor literalista consagrado…

Liderança juscelínica desatina …
É o diamante que nasceu em Diamantina…
Dom que mina de Minas e de seus prados!

Construtor, por sua vez, do grande Oratório das Leis, brasileiro, mineiro que Brasília fez, o Arauto Congregato!

Na década de sessenta…
O Brasil ele reinventa…
A Nova Capital centra-se e assenta-se no Planalto Cerrado, no coração dos matos!

Adjetivoso, ideioso, pós-conceituoso sobre a diversidade do povo…Voluntarioso e despreconceituado!

Populista, progressista, nacionalista…
Sábio desenvolvimentista de quão bela vista em espírito democrático!

Presidiu o Brasil esse grande e gentil homem…
Governador perspicaz de Minas Gerais e de seus triunfais montes!
Membro eficaz da Academia de Letras de Minas Gerais…
Senador por Goiás, sonhador además que assim responde !
Belo Prefeito de Belo Horizonte!

Pensador a sentir as gerações do porvir…
Deputado federal a redigir e a eloquir fontes e pontes!

Propositor da redemocratização da Nação…
Dançava valsa nas serenatas das alvoradas, em cívico salão…
Seu plano de metas impactou a época…
E, do Brasil, é a pérola da evolução!
Pólo irradiânico de um progresso tônico, no quesito sócio-econômico da Nação!

Político de Arte audaciante…
Ele é chuva que diluviou coragem, na regerminação da paisagem modernizante e protagonizante!
Ardem-lho o espírito dos louvores cívicos…
Heroicidade de nível nacionalístico visionante!

Generosidade e paixão democrática…
O charme da brasilidade é-lhe intacta…
Unção eleitoral benfazeja…
Inteligência de incompreendida beleza que supr’impacta!

Político sapiente de candente e envolvente oratória…
Humaníssimo, luzianíssimo, carismático e educadíssimo em suas parlatórias!

Presidente que redescobriu o Brasil…
A censura à imprensa, com competência aboliu!
O melhor desempenho que já se viu na estabilidade política do Brasil, na História!

Reescreveu, com poesia, a nova fisionomia de nossa geografia, economia, arquiteturía e as rodovias escoantórias!

Pintou, com nobreza, a arquitetura pública brasileira, c’a cor da rareza arrojosa…
C’uma originalidade plástica integrosa, moderna, inesperada e poderosa…

Em tal curvatura que faz ruptura c’as tradicionais arquiteturas de outrora…
E Brasília, em formosura, faz-se continuação de Pampulha, revolução que se desnubla modernosa e eternosa!

Sapienciante arquitetura que integra escultura, pintura, paisajura ao som de notas em inovuras da Bossa Nova e das passifloras!
Mestre da evolução na industrialização brasileira…

Rei da energização e hidreletricação na Nação inteira…
Furna e Três Marias edifica…
Esse grande republicista-iluminista…
“Presidente Bossa-Nova ” se populariza com singeleza!

Cria a Cemig, Frimisa, Fertisa…
E as brasileiras indústrias automobilísticas…
Evoluciona cada bioma que identifica a terra brasileira!

Milhares de estradas edifica…
Milhares de quilômetros modernistas…
E a produção de petróleo duplica…
Kubitschek se notabiliza pelas virtudes que superiorizam obreiras!

Impactador da pecuária e agricultura…
Seu legado, quão alto, perpetua e atua!
Como a lua continua e flutua sob a sua sideral rua…em fases meigas!

Pavimentador profundo de um caminho para o mundo…
Neto brilhante de um theco imigrante…
Histórica que se pôs avante em tudo!

Alta postura tribunalística…
“50 em 5” meta idílica juscelínica…
Da grande epopeia construtívica do futuro!

Na angulação centrílica…
Kubitschek ergueu Brasília…
Sede d’uma modernidade que brilha…
Madrugador de reorvalhos e rebrisas, contudo!

Célebre filho da Dona Júlia…
Literato em atos de tertúlia…
Sua sensibilidade política mergulha em luzes-fagulhas…
Sonho, Cerrado, poeira…
Nova Capital brasileira…
O centro da terra vermelha vasculha!

Construção célere e breve…
Oásis no interior inerte…
Desabitado, deveras deitado sobre os matos quão campestres!
D’onde só se ouvia a melodia dos dias, c’os pássaros em sinfonia nas vias do Centro-Oeste!

Era a acústica da música telúrica, ecos das solidões mais púricas que as claras fontanas lúvidas bem vultam e sobrerrevestem!

Seus olhos calmos e advênticos…Lançaram-se sobre os silêncios do Cerrado cêntrico o renovo esplêndido e célebre!
Como se sua face olhasse para o oásis de um sertão em fases, e então o insuflasse de significalidade, na dança das polaridades vértebres!

O Brasil ainda ressalta e propaga o cheiro do seu coração que, em ecos, salta…
Inquiriu um plano alto sobre o Planalto em matas …
Ah, a alma de Kubitschek!!

Soberanidade republicana…
Ser continentizado, alma em chamas!
Autor da Operação Pan-americana…Que toda a América Latina alcança e converge!

Introdutor da projeção brasilial internacional…
Propulsador da evolução nacional social, econômica e cultural…
De leste à Oeste…
Norte ao Nodeste…
Sul ao Sudeste…
Kubitschek era um leque de práticas e teses, em dom lideral sobrenatural!

Espírito político elíptico e, deveras, prolixo…
Reticenciou o Infinito e seus requisitos, no eixo monumental da estrutura palacial da Capital!

Coleção de Palácios descomunais…
Prédios quânticos…
Envidraçados retângulos…
Revolucionismo arquitetetônicos em belos vitrais vivais!

Compõem alguns Palácios…
Lindo azul-violáceo…
Em tão esplêndido espaço…
Em curvalismos vastos monumentais, triunfais e expressiais!

Catedral-laurel…
Arredondada, qual chapéu!
Ali, o concreto torce-se, enverga-se, e retorce-se em um equilíbrio de quão porte fiel!
A mágica forte da dança do holofote, é o concreto que sobe e projeta-se nobre para o céu!

Como as estrelas máximas…
Fazem-se a gramática das Galáxias…
Suas luzes prismáticas superam, na prática, a gravidade emblemática do céu!

Politicidade lindamente criativa!
C’a célere mão idealizativa, recompletou a Nação brasílica…
Construções se levantando…
O pôr do sol incendiando a Cidade de asas vibrando em cada ângulo, faz-se, portanto, paradisíaca!

Os andares perfilados paralelogramados…
À Esplanada ladeados…
Por prédios ministeriados…
São Brasília!

Sob os brilhos da eloquencialidade e autenticidade…
Brasílica torna-se, em legitimidade, Patrimônio Cultural da Humanidade em arquiteturidade que brilha… E, pela Unesco, ascendida e escolhida!

Pedreiros e Candangos …
Trabalhando e cantando lá…
De longe escutavam o avião que se aproximava para, ali, pousar!
Era Juscelino, nome fino…Que significa “passarinho” …A profetizar o próprio voar!

Juscelino descia…
E, simpaticamente, pedia…
Que a melodia de Brasília pusessem-se, noite e dia, a cantar!

Kubitschek, festeiro, pedia aos Pedreiros e seresteiros os cânticos brasileiros para a obra avançar e reanimar!

Juscelino, com alegria, sorria e os regia…
Maestro da Sinfonia do modernizar!

Assim foi construída Brasília…
Obreiros em lindas vigílias…
Vozes operárias c’a voz juscelina lá, em Lá!

Risos da Pátria…
No centro das matas…
Ecos que se atam, ouvem-se lá e cá!

Belas serenatas orvalhadas pelas metas iluminadas de JK!

O bocejo do vento…
E o eterno beijo do tempo…
As canções do Advento de um novo e pleno arquitetar, novo bossar, novo governar!

Menino ainda…
C’o alma infinda a leituriar…
Leu, na época, todos os livros de ética, na Biblioteca de Diamantina, sua terra, seu primeiro lar!

A Praça dos Três Poderes…
Arquissuperação sobre o Catete…
C’a iluminação feérica, a beleza mais férvida, em inovura supérica, esteve em deleite!

A Capital Modernista…
Dar-se-á belíssima…
Como as curvas feminíssimas são os sobr’enfeites!

 

Brasília, quão invencionável!
Plano Piloto, aviacionável!
Capital especial e espacial, futuriável!
O desenho, então, do avião no chão do coração da federação, vôo historiável!

Fonte de criatividade em suavidade indizível!
A biblioteca do seu intelecto mui visível… conteudando os complexos da urbecultura de cada prédio incrível…
Todos confessam e atestam o olhar autoral…
Em brilhos inflexos, com traço genial…
Que era-lhe, deveras, habitual e professível!

Rios, ó belos rios…
Quão amplos e escorregadios…
É-nos desafio compor-lhos elogios c’o mesmo brio eloquil…
Águas pioneiras e suas cachoeiras que hidrataram construções inteiras da Capital brasileira arquitetil!

Rios que aguam as matas sagradas…
Banham as douradas alvoradas…C’as chuvas aquarelizadas mil!

A assinatura célebre de Kubitschek sobrerreveste os Palácios do Centro- Oeste …
Histórico e acendrado amor…
Escorreito brasileiro esboçador…
Que o hiato do Cerrado ditonguiou, hífenizou em tempo breve…
Da engenharia política…
E da costura impecável de Brasília…
Da semântica quântica revolucionalística, ele é mão que escreve e redescreve!

A industrialização brasileira…em revolução primeira…Apiceou com retórica verdadeira…
Em seus “anos dourados”, os eletrodomésticos se popularizaram…
Televisores, rádios e carros nas casas brasileiras!

O Cinema brasileiro dourou-se em glória…
O salário mínimo foi o mais alto da História…
A música popular brasileira, como a Bossa-Nova, a estrela, foi reconhecida no Planeta, de forma glórica e imortórica!

Juscelino, o político amado e venerado!
Seu rosto foi posto no dinheiro do povo, nas notas do esboço de Cem Cruzados!

Sua face imortal nas moedas de 01 Real…
Seu nome no Aeroporto Internacional da Capital Nacional pousado!
Sua Estátua em toda Pátria, monumentálica de fato!

Muitas Rodovias viajam c’a poesia do seu nome…
Escolas, Cidades abraçam sua imortalidade…
Seu nome sobre as pontes!
Estrela brasiliense que apogeou-se republicanamente …
Árvore, para sempre, no cume dos Montes!

Biografar o espírito juscelínico é demandatório!
Seu gesto lírico-político é amplíssimo e suprassugestório…
Suas obras consoantes…
Põem todo o horizonte…
Para dançar defronte de nossos olhos!

Prédios bonitos em blocos de granito…
Parecem, acredito, a Terra navegando no Infinito, no mar espacial bendito cósmico!
Inesquecíveis curvilíneas…
Qual sensualidade feminina…
Suntuosa, deslumbrosa obra-prima …
O céu no solo!

Câmara que se expressa convexa, na métrica arquitética…
Côncavo Senado…
Palácios aformoseados…
Parecem flutuar, levitados…
Como se nunca tivessem tocado a terra alicércica!

O auriverde pendão topografíssimo…
O Itamaraty c’o meteoro realíssimo…
Mármores que se derramam, quais pétalas botânicas…O espelho d’água em brilhanças, bem estéticas!

E os cinco magnos Continentes simbolizados…
Nas cinco peças curvas representados, e, em primor, conjugados!
O gosto fino de Juscelino em cada lindo pergolado concretado!

Brasília, nome antiquência e veemência…
Vocábulo profetizado por José Bonifácio, o Patriarca enganjado da Independência!

1883, ano reveloso…
O misterioso sonho de Dom Bosco…
Aos 30 de agosto, em pré-ciência!

Sonho espiritual…
C’os paralelo 15 graus…
Visão divinal de grand’eloquência !
Dom Bosco, o sacerdotal…
Tivera sonho celestial sobre a nova capital federal de congressências!

E o processo realizativo, enfim, dera-se assim:
“Toniquinho”, o rapaz de Jatai…
No Comício de JK, ali, interrogou-lhe assim, em advertência:

“- Tu mudarás, afinal, a Capital federal para o Planalto Central, conforme a Constituição Federal diz em magnência?”

Kubitschek, com voz honesta…
Jurou ser sua meta…
Construir Brasília na terra que se oesta em cerradências…

Lúcio, Oscar, Israel…
Dom Bosco, Francisco Adolfo…
E o sonho do céu!
Bruno Giorgi, escultor nobre, como a abelha e o pólen, esculpem o alforge c’o mel…

Em Juscelino, o sonho divino, realizou-se com sino fiel!

Em três anos e meio…
Desafiando os palpiteiros…
E as edificações do mundo inteiro…
Epopeia notória no Compêndio da História…A beleza arquitetória no chão brasileiro!

Na paragem sobr’elevada central…
Semeou a Nova Capital…
Chapada elevada, à mil metros alturada, e mui mananciada pela água central-fluvial !

Kubitschek, o peixe vivo nas águas de seu genialismo…
A nadar em seu originalismo historicial!
A Revolução Kubitschequiana…
E as luzes em chamas que emanam de sua mente transcraniana espiritual!

Redesbravador brasilial do interior central…
Em que o ócio do silêncio primórdio…
Sobrepairava nos exórdios…
Em dois terços do território nacional!

Vinicius e Tom Jobim…
C’os seus dons de serafins…
Compuseram a Sinfonia sem fim, e harmonial…
“Sinfonia de Brasília ”
Em uma Bossa que rebrilha…
E recompõe a música cívica transcendental!

Esse Pai da brasilidade…
Sofrera persecutoriedade e injustiçabilidade…
Cessação dos direitos políticos…
Por parte de políticos narcísicos, infraternizados e involuídos, e bem imbuídos na invejosidade!

Sofrera o seu coração…
Injúria, banição…
Exílio, difamação…
Isolamento, solidão
Vilipendiosidade!

Juscelino, además…
Não temia, jamais…
As injustiças inquisitoriais…A inveja contumaz da inferioridade!!
Sabia que, na História, sua glória seria imortória, postulatória, sobretudo na memória da internacionalidade!!!

C’o seu gesto inspirativo de adotar…
Revolucionou a lei familiar…
Pai da legislação brasileira de adoção, dom ,em questão, de pioneirizar!
Os filhos adotivos…
São, agora, por lei e artigos…
Iguais aos filhos legítimos…
Em todo o quesito que há!

O injusto exílio fere o seu espírito…
E ele já convalescido em seu tecido físico, em dores enfermânicas exclâmicas!
Mas, à sua terra regressa…
E em sua fazenda congrega…
A solitude lhe admoesta em Luziânia!

1976, o fatídico confronto automobilístico…Que arrebatou o seu espírito, de modo atípico… E a saudade desse político faz-se atemporânica!

Sua Estátua, ei-la lá…
No Memorial JK a olhar a Cidade que ele e Oscar ergueram c’o desbravar e ousar, terra de JK brasiliânica!
À 28 metros precisos do chão, do piso…
Parece levitar c’o heroísmo…
Parece olhar e reolhar seu Paraíso, e suas recâmeras!

Olhares Kubitschequiais…
Em níveis tão atencionais e leais, em luz quântica!
Olhar trabalhado na paz e nos dons politiciais que encantam os anais historiciais, de gerações futuriais orgânicas!

1980, o Presidente Figueiredo…
Por Decreto ordeiro…
Celeiro, canteiro, fruteiro de justiça em bom cheiro…
Devolve, postumamente, a honra cassada, injustamente, pelos ex-Governos, à esse grande brasileiro!

As Comendas que brilham, cassadas em Brasília, são devolvidas à família, por Figueiredo…

A reabilitação, em justiça, da sua moralidade política, nos anais se publica, após a partida da vida desse bom obreiro!

Tem justiça póstuma…
A dor de seu “gólgota”…
Tardiamente se revoga
Os “crimes” nunca feitos!

JK, supravirtuoso…
Que exemplo juscelinioso!
Formidavelmente decoroso!
Para sempre sua respiração há de ser a inspiração do pulmão e do coração da Nação e do seu povo!

Ser irrepetível em mérito politécnico…
E eis que em todo o aspecto, seu olhar era conspecto… E suas obras em Édito eram versos impressos!
São fecundituras, cuja postura postula u’a polititude de tal altura que toca e reconceitua a renovura do sucesso e do progresso!

Ser sábio…
Alma hábil…
Espírito tátil…
E cada vocábulo oriundo do seu lábio, continha teor afábil, bem expresso!
Luzeiro ávido…
Político prático…
Amor pulsátil, vibrátil que movia o pátio do Universo!

(Suziene Cavalcante: Poeta brasileira, matogrossense)