A retomada do futebol trouxe consigo uma novidade na regra do jogo. Autorizados pela Fifa, os times agora podem fazer cinco substituições em até três momentos diferentes da partida. Antes, eram permitidas apenas três modificações.

A ideia é evitar lesões nos jogadores já que os confrontos ganham ritmo de maratona, com duelos próximos uns dos outros. No Brasil, a CBF decidiu adotar a medida para as competições que regula, sendo elas a Copa do Brasil e todas as divisões do Campeonato Brasileiro.

A novidade abre espaço para o debate de quem pode ser mais beneficiado. O jornalista Paulo Vinícius Coelho, por exemplo, acredita que a medida é válida neste momento atípico do calendário provocado pelo novo coronavírus. No entanto, a longo prazo, pode ser prejudicial.

– As cinco alterações, neste momento emergencial, são muito importantes, muito justas. Mas, a longo prazo, eu sou contra – diz PVC, que acrescenta.

“Quando você tem um elenco de um time riquíssimo, esse elenco vai fazer cinco alterações que vão manter o ímpeto, vão manter intensidade, com jogadores do mesmo nível. Eu só não vou criar uma regra nova que desequilibre mais”, diz o comentarista.

Mais substituições podem beneficiar treinador estratégico

Outro desdobramento desta medida, na opinião do comentarista Cabral Neto, é que os treinadores mais estrategistas tendem a levar vantagem porque poderão mudar drasticamente o estilo de jogo do time.

– Eu imagino que o técnico mais estrategista e até mais ousado pode levar uma vantagem em cima dessa medida adotada porque ele pode mudar radicalmente o seu estilo de jogo, a sua filosofia. O time pode se tornar muito mais ofensivo ou muito mais defensivo com essas mudanças. (Globo Esporte)