Diante das incertezas sobre a volta do Gauchão, o presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Jr., já cogita, em um cenário sem liberações para treinamentos coletivos e jogos no Rio Grande do Sul, a possibilidade de o campeonato ser encerrado e o Caxias ser declarado campeão gaúcho. O dirigente diz torcer pela retomada da competição, mas cita o conflito de datas com o Brasileirão como justificativa para um possível encerramento precoce.

Em reunião dos clubes com a CBF, ficou marcado o dia 9 de agosto como data para retomada do Brasileirão. Se o Gauchão fosse retomado no dia 19 de julho, algo descartado no momento, as finais bateriam com as primeiras rodadas do Brasileirão.

Soma-se a isso as restrições das autoridades estaduais para treinos coletivos, o que fez o Grêmio decidir trabalhar em Criciúma na próxima semana. Por isso, o presidente gremista enxerga um cenário de cancelamento do Gauchão ao conceder entrevista para as mídias oficiais do clube.

— Torcemos que sim. Confiantes que possa acontecer. Mas já temo que as datas conflitem com o início do Brasileiro. Como tem sete datas para cumprir, a coincidência de datas poderá ser um fator complicador. Se por acaso não tivemos condições sanitária no RS de avançarmos, no sentindo dos treinos e jogos, creio que talvez seja melhor declararmos o Caxias campeão — afirmou Bolzan.

O presidente Romildo ainda explicou os motivos que fizeram o Grêmio definir a viagem para Criciúma, para realizar os treinos coletivos. Ainda não há data para isso ocorrer, mas o certo é que o técnico Renato Gaúcho estará presente e que a cidade do sul catarinense, inclusive, pode virar a sede gremista para o Brasileiro, como mostrou o GloboEsporte.com.

— A ida do Grêmio é questão técnica, continuidade de preparação. É um passo a frente daquele cronograma que foi estabelecido no futebol brasileiro do dia 9 de agosto para começar o campeonato. Depois de tanto tempo de treinamentos físicos, somente cabe evoluir para contatos, principalmente coletivos e táticos — disse.

O Grêmio passou a tratar da mudança de sede a partir da declaração do governador Eduardo Leite de que o futebol “não é prioridade” diante do combate ao coronavírus no Rio Grande do Sul. Logo depois, os integrantes do Conselho de Administração decidiram pela saída do estado para realizar treinos coletivos. (Globo Esporte)