Aos 71 anos, o técnico Joel Santana é um personagem raro no futebol. Andarilho com passagens marcantes no Brasil e no mundo. A despeito da rivalidade, tem grande prestígio nos quatro clubes do Rio. No entanto, o “cria” do bairro de Olaria, na zona norte, considera que poderia ser mais prestigiado na cidade onde nasceu.

Convidado especial do programa Tino Marcos Uchôa, nesta quarta-feira, ele lamentou não ter sido homenageado no Maracanã, estádio onde atuou como jogador e colecionou títulos como treinador.

– Pelo número de títulos, pelos quatro times que eu tenho, eu devia receber uma homenagem do Maracanã. Eu ia receber, mas aí mudou a administração. Acho que a gente só é lembrado quando a gente morre, vão querer fazer busto, botar minha prancheta lá, mas aí não adianta mais – disse Joel.

Mas as críticas ficaram por aí. Com a irreverência de sempre, o técnico relembrou momentos marcantes de sua carreira. Questionado por Marcos Uchôa sobre os melhores jogadores que havia treinado, afirmou preferir os polêmicos.

– Só gostava de jogador aborrecido. Romário, nunca briguei com Romário. Discutíamos bastante, mas com respeito. O Renato (Gaúcho) foi o cara que chegou no Fluminense espetacular, nunca tive atrito. TVabalhei com vampeta, Marcelinho Carioca. O Junior Baiano, tivemos uma briga danada por um mal entendido, depois sabe o que ele fez? Quis me dar o filho para batizar. Isso é briga? Briga de leão resolve ali, não tem ressentimento. (Globo Esporte)