Duas estudantes do Colégio Salesiano São Gonçalo participam este ano da 15ª edição do PoliONU, uma das maiores simulações estudantis da Organização das Nações Unidas na América Latina e reconhecida pela UNESCO. O evento reúne entre os dias 11 e 13 de junho mais de 300 estudantes de cinco estados brasileiros: São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Bahia e Alagoas.
Excepcionalmente em 2020, o encontro, por conta da pandemia do novo coronavírus, exigiu que o debate fosse conduzido virtualmente. Com o desejo de cursar medicina, a aluna Samanta Ziliani, de 16 anos é uma das representantes e diz se sentir imensamente satisfeita em representar Mato Grosso e o Salesiano São Gonçalo no evento. “Essas experiências com simulações contribuem tanto para a vida pessoal quanto para a profissional. Nos faz enxergar que fora do nosso ciclo cotidiano, existe um mundo com diversos acontecimentos extremamente importantes que devem ser pensados e levados em consideração, diz ela.
Com duração de aproximadamente seis horas diárias, o projeto tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento acadêmico e do senso de empatia dos estudantes ao mostrar como problemas de outros países podem afetar, direta ou indiretamente, toda a sociedade. “Criamos uma outra visão de mundo fora dos nossos paradigmas e enxergando os acontecimentos mundiais com muito mais relevância”, completa Samanta.
Para representar Mato Grosso, os estudantes participam de uma preparação quinzenal, dentro do Salesiano São Gonçalo, com o professor de geografia Eder Dourado. “Fazemos uma formação contínua, estimulando a oratória, o senso crítico e a pluralidade de ideias”, pontua.
O diretor-geral do Salesiano São Gonçalo, padre Hermenegildo Conceição, explica que entre os principais objetivos do projeto, que é pioneiro em Cuiabá, está o de formar cidadãos globais, sensíveis aos problemas do mundo. “A proposta é despertar o senso crítico, empatia, a sensibilidade, a colaboração e o pensamento crítico frente aos problemas da humanidade, num espaço de discussão que visa os participantes apresentarem novas ideias que prezam pelo apoio e bem-estar comum”, pontua.
Outra representante é a estudante Maria Eduarda Ribeiro, de 15 anos. “Estou na diretoria do projeto desde 2018. É uma satisfação fazer parte, saímos da nossa bolha, com senso crítico mais aguçado, uma visão de mundo muito mais ampla. São discussões de temas que estão acontecendo na nossa realidade, mas longe da gente, todos crescemos”, dispara.
Nesses três dias de programação, os estudantes estarão divididos em comitês para discussão de assuntos diversos. Podem representar delegações de países, ONGs e órgãos da imprensa. A edição especial de 2020 abordará temas que foram destaque em edições anteriores e no comitê da Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU).