O Santos divulgou nesta quinta-feira, em seu site oficial, o relatório das demonstrações financeiras do primeiro trimestre de 2020. O Peixe registrou déficit de R$ 19,77 milhões, apesar de ter tido “superávit de contas extraordinárias” de R$ 16,16 milhões.
A divulgação do relatório foi feita um dia depois de o Conselho Fiscal recomendar a reprovação das contas de 2019 por causa da transferência do atacante Bruno Henrique para o Flamengo, gastos com cartões corporativos e comissões para agentes.
Em 2020, a situação do Santos não melhorou. No relatório, o Peixe destaca que teve superávit R$ 16,16 milhões em “contas extraordinárias”, com negociações de jogadores – a principal foi a venda de Felipe Aguilar ao Athletico-PR, por R$ 10 milhões. Apesar disso, o clube gastou mais do que arrecadou e teve resultado contábil negativo.
Relatório aponta déficit do Santos de janeiro a março de 2020 — Foto: Divulgação
Para justificar o déficit, o Santos cita a alta variação do câmbio nos três primeiros meses de 2020. De acordo com o documento, o Peixe alega ter gastado R$ 12.476.582,00 a mais do que gastaria por causa da alta de moedas como dólar e euro.
O que também ficou longe do orçado para 2020 foram os gastos com folha de pagamento, direitos de imagem e gratificações de janeiro a março. O Santos gastou R$ 48.599.481,00, 51% a mais do previsto.
O Peixe alega, porém, que o orçamento sofreu alteração por “emenda substitutiva” sugerida pelo Conselho Fiscal e aprovada pelo Conselho Deliberativo, reduzindo em R$ 61 milhões a previsão de gastos.
Por fim, o Santos já apresenta um aumento de cerca de R$ 40 milhões da dívida total do clube em relação ao fim de 2019, quando tinha R$ 461 milhões de endividamento, como mostrou o Blog do Rodrigo Capelo. (Globo Esporte)