O Barcelona estima perdas de 200 milhões de euros com o fechamento dos portões nos jogos depois da pandemia, com o fechamento do museu e outras perdas causadas pela crise do coronavírus. Isto provocará a seca das contratações, tirando a provável chegada de Lautaro Martinez. É uma das razões da saída de André Cury do corpo de agentes ligados ao clube. O rompimento ainda não é oficial, mas deve ser anunciado nas próximas semanas.

Por doze anos, o agente de jogadores abriu portas e fez negócios com jogadores brasileiros no Barcelona. Como era mantido sob contrato, não tinha direito às comissões. Neymar, Coutinho, Paulinho, Arthur, mas também Keirrison e Henrique foram para o Barça nos últimos doze anos. Mais sucessos do que fracassos.

Antes do agente, o Barcelona também olhava para o mercado do Brasil. Então, não é pela presença ou ausência de André Cury, mas é pelo movimento interno do clube catalão, que anda confuso. No passado, Rivaldo foi levado com participação de Josep Maria Minguella, antigo empresário de jogadores sempre relacionado aos negócios do Barça na gestão de Josep Luis Nuñez. Com Joan Laporta, Ronaldinho Gaúcho, Beletti, Silvinho, Daniel Alves.

Momentaneamente, o Barcelona pode olhar menos para o Brasil, pela dificuldade de apresentar jogadores do primeiro escalão mundial, mas também pela confusão política que se transformou o clube. Os últimos desejos do mercado brasileiro foram parar no Real Madrid, casos de Vinicius Junior e Rodrygo.

O Barcelona tem hoje o goleiro Neto e o volante Arthur, que pretende negociar. Apesar de sonhar com o retorno de Neymar, o número de brasileiros importantes não era tão pequeno desde que Ronaldo foi para a Catalunha, em 1996, um ano depois da saída de Romário. De lá para cá, é possível listar sempre pelo menos um craque brasileiro, ou uma esperança de sucesso por temporada: Romário, Ronaldo, Rivaldo, Ronaldinho Gaúcho, Daniel Alves, Neymar, Paulinho, Coutinho.

Não dá para dizer que esta fase esteja no fim, mas é provável que tenha um intervalo. (Globo Esporte)