Corinthians espera receber nos próximos dias um importante socorro financeiro que o ajudará a pagar dívidas e atravessar com mais tranquilidade a crise provocada pela Covid-19. Após quase um mês de negociação, a diretoria alvinegra já troca contratos com um banco estrangeiro que antecipará ao clube os 20 milhões de euros referentes à venda de Pedrinho ao Benfica, de Portugal.

Na cotação atual da moeda europeia, o valor corresponde a mais de R$ 120 milhões.

Tendo sofrido um corte considerável das receitas, o Corinthians usará parte do dinheiro da venda de Pedrinho para despesas correntes, como pagamentos de salários de jogadores e funcionários, contas do clube social e impostos.

Outra parte será usada para quitar débitos antigos. Em seu balanço de 2019, o Timão demonstrou uma dívida de R$ 665 milhões (sem considerar o financiamento da Arena Corinthians).

Mais de R$ 110 milhões são referentes a Imposto de Renda e Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). O documento também aponta quase R$ 50 milhões atrasados em direitos de imagem de atletas.

Embora tenha apenas 70% dos direitos econômicos de Pedrinho, o Corinthians ficará no primeiro momento com o valor integral da transferência.

Isso porque Will Dantas, empresário do meia e dono dos outros 30%, concordou em receber a sua parte apenas em 2021. Esta informação foi divulgada inicialmente pelo site “Meu Timão” e confirmada pelo GloboEsporte.com.

O Corinthians não informa as condições impostas pelo banco para antecipar os 20 milhões de euros, como a taxa de juros e o prazo para pagamento.

Pelo acordo costurado no começo do ano, o Benfica começará a pagar as parcelas pela compra de Pedrinho no fim do mês que vem.

A paralisação do futebol desde o meio de março trouxe ainda mais dificuldades financeiras ao Corinthians. Com menos entrada de dinheiro, o clube chegou a parcelar o pagamento de funcionários.

No mês passado, houve uma redução de 25% nos salários dos atletas e de 70% nos vencimentos dos demais colaboradores. O Timão também deixou de pagar ajuda de custos a atletas amadores.

(Globo Esporte)