A fim de amenizar a insatisfação dos jogadores em função dos constantes atrasos de salário (deve quatro meses a um grupo e três a outro), o Vasco fez uma proposta no início do mês que foi imediatamente recusada pelas lideranças do elenco. Dispôs-se a pagar R$ 5 mil mensais aos atletas durante a paralisação provocada pela pandemia, mas a quantia não agradou.
Durante essa negociação, os líderes pediram à diretoria que priorizassem o pagamento de uma folha para atletas cujos salários não ultrapassam R$ 50 mil. Assim foi feito, e este grupo teve o mês de janeiro quitado no último dia 8. O restante do elenco, por sua vez, ainda não recebeu salários em 2020.
A recusa do elenco à ajuda de custo de R$ 5 mil há duas semanas, aliás, foi crucial e possibilitou o pagamento da folha de janeiro ao grupo que recebe até R$ 50 mil.
Assim o débito do Vasco com o elenco se divide em dois grupos: os que ganham mais de R$ 50 mil ainda não receberam em 2020, os inseridos abaixo desse valor estão com fevereiro, março e abril em aberto.
Oito atletas têm contrato de imagem firmado com o clube (Fernando Miguel, Leandro Castan, Werley, Ramon, Henrique, Marrony, Ribamar e Bruno César). Eles não recebem o valor mensal que têm direito desde setembro.
Com os funcionários, a dívida do Vasco é bem complexa. Parte dos que ganham até R$ 1.800 teve a folha de fevereiro paga. Os com salários superiores a R$ 1.800, receberam R$ 1.300 (parcela do mês de fevereiro) no último dia 8, mas seguem com as folhas de janeiro, março e abril em aberto integralmente. (Globo Esporte)