Importante indicativo do desenvolvimento econômico, o segmento da construção civil retoma suas atividades gradualmente seguindo as orientações e regras de segurança e higiene contra a propagação do novo coronavírus. Para incrementar este mercado de obras e geração de empregos, o Governo Federal anunciou medidas adicionais para o setor imobiliário no período de crise. A Caixa Econômica Federal liberou R$ 43 bilhões para o financiamento da casa própria, além de R$ 111 bilhões em novas linhas de crédito.

Por outro lado, os bancos Bradesco, Itaú e Banco do Brasil anunciaram a redução da taxa de juro de determinadas linhas de crédito para clientes pessoa física e jurídica, acompanhando o Comitê de Política Monetária (Copom) que reduziu a Selic em 0,75 ponto percentual para 3% ao ano. Em abril, o Itaú já havia reduzido sua taxa de juro mínima para a linha de crédito imobiliário para 7,3% ao ano + TR.

Para incrementar o setor e se alinhar com o movimento de retomada, o setor de habitação aposta em iniciativas que ofereçam facilidades aos clientes. “Lançamos a campanha Construa Já, uma maneira de solucionar a aquisição de lote e construção da casa própria, reunindo diversos profissionais da cadeia produtiva do setor, como arquitetos, engenheiros, construtoras, bancos, lojas de materiais de construção. A ideia é impactar na economia, gerar empregos e oferecer a menor taxa de juros do setor imobiliário”, pontua Julio Cesar Braz, da Ginco Urbanismo, que atua no mercado de condomínios horizontais na grande Cuiabá.

O setor da construção civil recebeu com otimismo as novas medidas. De acordo com o presidente da Associação de Comerciantes de Materiais de Construção de Mato Grosso (Acomac/MT) e diretor do Sindicato do Comércio Varejista de Material de Construção, Louças, Tintas, Vidraçaria, Ferragens, Elétricas e Hidráulicas do Estado de Mato Grosso (Sindcomac-MT), Paulo Leite, agora é um momento importante e estratégico para retomada da economia, principalmente da construção civil. ”Mais do que nunca, dinheiro parado em banco, em aplicação bancária é totalmente inviável, não corrige nem de perto a inflação, a pessoa que tem capital precisa rentabilizar esse dinheiro e a construção civil é o melhor caminho: construir, reformar, vender. É sem dúvida uma excelente oportunidade para construção civil em virtude da redução de juros”, explica.

Construa Já é uma ação que aproxima clientes interessados em adquirir terreno em condomínios horizontais Ginco e construir aos profissionais de toda a cadeia produtiva da construção civil. A Ginco Urbanismo desenvolveu um setor específico para acompanhar esse relacionamento entre os envolvidos. “De acordo com cada fase de negociação do cliente, como aquele que ainda não adquiriu o lote ou o que já tem o terreno e ainda não construiu, vamos atuar com a aproximação entre os arquitetos, engenheiros, construtoras, correspondentes bancários, acompanhando, auxiliando e informando sobre financiamento, taxas de juros, otimizando serviços e encontrando a solução ideal para um bom negócio para quem sonha em ter sua casa própria”, acrescentou Claudete Lessi Calderari, gerente de relacionamento com o cliente.

Para o correspondente bancário Vagner Marçal Alves, há 11 anos atuando no setor financeiro, a redução de juros associada a uma iniciativa que esclarece as dúvidas sobre construção estimula a continuidade do financiamento imobiliário no país. “Nos últimos anos, a taxa Selic vem tendo baixa e a Caixa Econômica Federal possui linhas de créditos para que o cliente tenha um único financiamento com o banco, direcionando os valores para a quitação do terreno e construção. É um bom investimento, lembrando que servidores públicos potencialmente conseguem taxa menor”, explicou.

Construir é mais barato – Uma dúvida bastante comum para quem vai realizar o sonho da casa própria é: vale mais a pena comprar ou construir? Segundo especialistas, sob os aspectos custo-beneficio e personalização de projeto, construir é o caminho.

Construir uma casa do zero pode ser a decisão certa, afinal o proprietário tem a possibilidade de escolher cada item e optar por um projeto personalizado que atenda às necessidades da família, como em tamanho (metragem), disposição de ambientes, acabamentos e funcionalidades. “A ideia é criar projetos alinhados aos sonhos de cada família, oferecendo serviços de qualidade, do processo de criação passando pela documentação até a construção da casa. No primeiro momento realizaremos um briefing com todas as necessidades do perfil familiar. Se o cliente estiver com a documentação já poderemos fazer uma simulação para saber as possibilidades, potencial de financiamento. Com o alvará e o financiamento aprovados daremos início na construção da casa”, explicou o arquiteto Thiago Adrião, acrescentado que a estimativa de prazo máximo é de três meses para todo o processo antes do início das obras.

Segundo o arquiteto, construir pode ficar entre 40% a 50% mais barato do que se comprar um imóvel pronto. Além disso, a valorização é ainda maior em condomínio horizontal. Opinião compartilhada pelo correspondente bancário Vagner Marçal: “Comprar e construir é vantajoso, você tem um custo menor. Enquanto em uma casa de alto padrão você paga cerca de R$ 5 mil o m². Você constrói com a mesma qualidade investindo de R$2 a R$3 mil por m²”, disse ele.

Otimismo – “Em um período de crise como a que nos deparamos, medidas fortes para manter empregos, estimular a economia, movimentar toda uma cadeia produtiva e esclarecer sobre os melhores investimentos vão contribuir para tirar o país dessa situação”, finaliza Julio Braz, da Ginco Urbanismo.