Não é de hoje que o Vasco sofre com a parte financeira. O clube ainda não pagou um mês de salário sequer aos jogadores em 2020, por exemplo. E agora, como todas as outras equipes do mundo, ainda precisa administrar a crise acarretada pelo coronavírus. Ao “Troca de Passes”, Fellipe Bastos disse que o Cruz-Maltino não discutiu a possibilidade de cortes salariais, medida prevista em MP, porque ainda precisa “resolver o que está para trás”.
– A nossa situação é bastante complicada. A gente ainda não recebeu nenhum mês ainda desse ano. A gente sabe a situação que o clube está vivendo nos últimos anos na parte financeira. Então a gente não conversou nada sobre redução de salário porque o clube está em débito. Para conversar sobre (redução de) salários daqui para frente tem que resolver o que está para trás. A gente tem que ter consciência que o Vasco e todos os clubes do Brasil vão sofrer com a pandemia. Mas a gente tem que resolver o que está para trás antes de resolver para frente – disse o volante.
– Eu tenho uma identificação muito grande com o clube, sou grato por tudo que o Vasco fez na minha vida, na minha carreira. Eu ainda me sinto devendo ao clube algumas atuações, algumas coisas. Me cobro bastante quanto a isso. Eu espero que esse ano eu tenha mais oportunidades para mostrar, para que esse ano seja diferente do ano passado. O Vasco me abriu a porta novamente. Sei das dificuldades financeiras do clube, tenho consciência disso, mas é um clube com que eu tenho muita identificação. Amo de verdade e espero ajudar. Se dentro de campo a gente fizer as coisas, a parte financeira vem junto. Fazendo bons campeonatos, o clube consequentemente também ganha na parte financeira – explicou.
Por fim, o jogador de 30 anos pediu bastante cautela na discussão sobre voltar ou não com o futebol e afirmou que jogador não é “leão de circo”.
– A gente tem conversado nos grupos de Whatsapp, a gente só vai voltar quando os órgão que tomam conta da saúde falarem que pode. A gente não vai voltar por pressão de federação ou confederação. A gente não é super herói, a gente também tem família, também tem pessoas que trabalham na comissão técnica que são idosas, que estão no grupo de risco. A gente vai voltar com segurança. Esperamos que as pessoas que estão no poder da federação ou confederação entendam que jogador de futebol não é leão de circo, a gente não tem que voltar só para entreter. Tem que voltar com segurança de que a nossa saúde vai estar em primeiro plano, não em segundo – concluiu. (Globo Esporte)