Em clipping, o departamento de comunicação rubro-negro catalogou notícias em Argentina, Espanha, Portugal, Peru e Japão elogiando a iniciativa. Além disso, o vídeo de divulgação foi produzido com legendas em três idiomas: inglês, espanhol e turco.
O uso oficial da marca Flamengo em máscaras de proteção está liberado para produção artesanal por 120 dias para pessoas físicas e pequenas empresas, com rendimento anual inferior a R$ 180 mil. O clube incentiva ainda a exposição em redes sociais para divulgação das mais criativas.
Comerciantes iniciaram parceria com produtores independentes — Foto: Divulgação
Em vigor há uma semana, a iniciativa tem feedback positivo em avaliação do Flamengo não somente com autônomos como também com comerciantes. Várias lojas oficiais do clube tomaram a atitude de comprar os produtos na origem e revenderem, direcionando o lucro para entidades carentes.
Um dos comerciantes parceiros é Serginho Doce Mania, proprietário da loja oficial do Flamengo em Nova Friburgo. O empresário esmiúça o processo que movimenta a renda tanto para autônomos quanto para comerciantes. Por tabela, o lucro é destinado para um lar de idosos da cidade.
– Compramos máscaras de um rapaz aqui de Friburgo que está parado, sem trabalhar, preocupado em botar comida em casa. Geramos uma receita para ele e, com o valor da revenda, revertemos em doação para quem necessita. Dessa maneira, também movimentamos a loja, que segue funcionando por pronta-entrega.
Serginho compra a máscara por R$ 5,50 do fabricante e coloca à venda por R$ 9,00 para o grande público. Esta diferença de R$ 3,50 é destinada diretamente para o asilo. Há ainda uma versão com estampa mais simples por R$ 3,50 preço de custo e vendida por R$ 4,90.
Ação do Flamengo com as máscaras foi notícia até no Japão — Foto: Divulgação
Em Magé, na Baixada Fluminense, Anna Carolina Botini fez da paixão pelo Flamengo uma fonte de renda. Presente em Lima para final da Libertadores e em Doha para o Mundial, ela já turbinava a renda com máscaras e viu a procura aumentar com a oportunidade dada pelo clube do coração:
– Já fazia máscaras e o pedido por vermelho e preto era muito grande. Quando o Flamengo liberou o uso do escudo, melhorou bastante. Foi muito legal – disse a empreendedora, que tem custo de R$ 4 e vende por R$ 7.
O mesmo vale para o casal Mirian e Jonathan, de São José dos Pinhais, no Paraná. Com a renda da família 100% do serviço autônomo, eles encontraram alternativas na ação do Flamengo:
– Nossa renda reduziu drasticamente durante a pandemia, e a iniciativa do Flamengo veio em boa hora, principalmente com a divulgação no perfil oficial do clube. Passamos a ocupar nosso tempo 100% com a produção das máscaras.
Além da liberação marca oficial para produção de máscaras, o Flamengo lançou uma linha de álcool em gel para doação em comunidades carentes e com renda das vendas revertidas para ações sociais. (Globo Esporte)