O proprietário da empresa MJB Vigilância e Segurança, Salme Ghazale, registrou um protocolo no fim da tarde de segunda-feira (20), na secretaria da Universidade Federal pedindo uma reunião com o novo reitor da instituição, Evandro Soares. O problema seria a falta de repasse do órgão que se ‘arrasta’ desde a gestão de 2016. Enquanto isso, os vigilantes da empresa continuam trabalhando na universidade em um turno de 12 por 36 horas, mas com a conta no vermelho, já que o pagamento do salário não está sendo realizado.

De acordo com Salme, tudo começou quando houve a troca de diretores e a reitora Myrian Thereza de Moura Serra assumiu a vaga. Desde então, a empresa passou a receber notificações de que era preciso trocar alguns funcionários porque eles estavam faltando ao local de trabalho. Após essa notificação, outras também foram repassadas pela direção da instituição, como por exemplo, que os colete dos funcionários estavam vencidos.

Porém, as informações foram checadas, e o empresário detectou que a empresa estaria sofrendo retaliações e perseguição, pois em meses anteriores ele havia recebido ligações e ameaças de que precisava pagar propina para que a empresa pudesse continuar no local.

Vigilantes da empresa continuam em trabalho na universidade em um turno de 12 por 36 horas, mas com a conta no vermelho, já que o pagamento do salário não está sendo realizado.
“Como não aceitei sumiam com notas fiscais. Tinha mês que não repassavam outros pagavam a metade, e agora, voltou a ficar sem fazer repasse. E, por último usam a pandemia como desculpa para que o repasse continue não sendo realizado, lamentou.

Agora, para que os funcionários não sejam demitidos e o prejuízo que está na casa dos R$ 4 milhões seja recuperado, o representante da empresa, aguarda um prazo para que o reitor atenda a equipe gestora.

“Nosso país precisa de uma intervenção militar para que a corrupção seja de fato excluída. Meus funcionários, que são pais de família, temem porque não recebem o salário e caso a situação não melhore vamos ter que começar a demitir a equipe”, disse.

O vigilante Adriano que cuida dos blocos de Direito e Didático 1 e 2, contou que a situação com a universidade “virou uma bola de neve”

“Nessa pandemia continuamos trabalhando. Mas, somos pais de família e precisamos trazer o sustento para nossa casa. Pedimos que o reitor nos atenda e verifique essa situação de repasse para nossa empresa”, finalizou.

OUTRO LADO

A equipe de reportagem entrou em contato com a instituição para ter esclarecimento do caso. Mas, nenhuma das ligações foi atendida ou retornada.