Quase em campos opostos no combate ao coronavírus, o presidente da República, Jair Bolsonaro e o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, se manifestaram de lados diferentes sobre possível retorno aos jogos e treinos de futebol. No Rio, Witzel, que prolongou a quarentena até o fim de abril, disse que não é o momento adequado para a volta das atividades.
Em recuperação de coronavírus, o governador defendeu o período de distanciamento social para evitar a propagação da pandemia do novo coronavírus. No sábado, Bolsonaro lembrou os altos custos de folhas salariais de alguns times do país – citou Flamengo e Palmeiras – e disse que “tem time aí que já praticamente vai decretar falência”.
Witzel recebeu pedido do Flamengo para avaliar retorno aos treinos. O clube da Gávea pretendia voltar as atividades nesta próxima segunda-feira, mas não conseguiu autorização do governo do estado.
– Eu quero me manifestar absolutamente contrário à realização de jogos de futebol ou treinos. A pandemia ainda é grave e considero que neste momento não é adequado para a saúde e a segurança dos atletas ou de todos aqueles envolvidos nos jogos e treinamentos – ressaltou.
Enquanto isso, a CBF adiou a publicação de seu protocolo nacional em meio a rumores de flexibilização da quarentena com a troca no Ministério da Saúde. Luiz Henrique Mandetta foi substituído no comando da pasta por Nelson Teich. (Globo Esporte)