Depois de passar mais de um mês atrás das grades, ​Ronaldinho Gaúcho está em prisão domiciliar no Paraguai. Só que, na cabeça dele, ainda não está claro o motivo da detenção. Ao menos foi o que revelou o ex-presidente do Barcelona, Sandro Rosell, que foi o responsável por levá-lo ao clube catalão no ano de 2003.

O dirigente, em entrevista ao ​jornal Mundo Deportivo, ainda foi além. Disse acreditar que o ex-camisa 10 é uma vítima deste processo que averigua o motivo pelo qual entrou no país sul-americano com passaportes falsos – as autoridades locais veem neste fato apenas a ponta de um iceberg que levaria à descoberta de um esquema de lavagem de dinheiro. “Ronaldinho não sabe ainda por que foi preso. Alguém o enganou e não explicou a verdade. O futebol é sorriso, e espero que continue pensando em futebol, mas sobretudo que siga sorrindo”, afirmou.

Rosell, em um passado não tão distante (2017), também foi preso acusado de cobrar taxas irregulares, por meio da empresa Alianto Marketing (de sua propriedade), na venda de direitos de televisão em jogos da seleção brasileira na época em que Ricardo Teixeira, seu amigo, era presidente da CBF. Depois de permanecer detido por quase dois anos, acabou inocentado em abril do ano passado.

“Se eu não tivesse sido presidente do Barça, não teria ido para a prisão. Disso, não tenho a menor dúvida. Também acredito que ninguém teria me investigado empresarialmente ou feito uma perseguição fiscal tão agressiva. Ainda tenho 72 notificações da Receita desde que saí do cargo. Antes de ser presidente, era zero inspeção fiscal. Casual?”, finalizou. (Globo Esporte)