A ofensividade do time dirigido pelo argentino Jorge Sampaoli empolgou a torcida do Santos no Brasileirão do ano passado e deixou um fantasma pesado para seu sucessor, o português Jesualdo Ferreira. Nos jogos em casa brilhou o celebrado DNA santista, e o aproveitamento ficou em 80,7% (14 V, 4 E, 1 D, 44 gols marcados e 15 sofridos). Fora de casa, no entanto, o aproveitamento foi de 49,1% (8 V, 4 E, 7 D, 16 gols feitos e 18 sofridos). Em grande parte, os improvisos de Sampaoli nas laterais causaram a queda de rendimento da equipe: independentemente do esquema tático, sem esse improviso o Santos conquistou 73,6% dos pontos, mas quando o argentino iniciou o jogo com zagueiro em uma lateral, essa marca caiu para 37%

Entre outras questões turbulentas durante sua passagem pelo clube, para o treinador argentino as laterais do Santos eram um problema, e em nove jogos (praticamente um a cada quatro), ele improvisou na posição, seis vezes na direita e três na esquerda, usando normalmente um zagueiro no lugar de um lateral. Nesses jogos em que houve um improviso na lateral, o aproveitamento da equipe despencou, como mostra o quadro abaixo. Antes, é preciso fazer uma ponderação que reforça a afirmação: nas duas únicas vezes em que o time ganhou com improvisos na lateral direita, essas vitórias só foram conquistadas depois de o treinador fazer uma substituição durante o jogo para colocar o especialista Victor Ferraz no jogo.

Foi com improviso nas laterais que o Santos teve o pior aproveitamento de pontos

AproveitamentoJogosVitóriasEmpatesDerrotas
SEM IMPROVISO
Dois zagueiros em casa (4-4-2 ou 4-3-3)81,3%161231
Três zagueiros fora (3-5-2 e 3-4-3)66,7%5311
Três zagueiros em casa (3-4-3)66,7%2110
Dois zagueiros fora (4-4-2 ou 4-3-3)61,1%6321
COM IMPROVISO
Na lateral direita* (4-3-3 ou 4-4-2)38,9%6213
Na lateral esquerda** (4-3-3 ou 3-5-2)33,3%3102

O Santos perdeu oito vezes no Brasileirão 2019, mas em 21 partidas com o lateral direito Victor Ferraz iniciando como titular, só perdeu duas: para Flamengo fora de casa (0 x 1) e para o Grêmio em casa na rodada seguinte (0 x 3). Com Victor Ferraz como titular, o aproveitamento do Santos foi de 74,6% com 12 jogos em casa (75%) e nove quando visitante (74,1%).

Em entrevista ao “Grande Círculo”, do SporTV, o presidente do Santos, José Carlos Perez, assumiu a postura de torcedor para afirmar que “Sampaoli ferrou com a gente ao usar três zagueiros”. Essa afirmação precisa de um contexto: o Santos assumiu a liderança na rodada #12 e a perdeu na #16 abrindo no máximo quatro pontos de vantagem para o então vice-líder Palmeiras. Nesse breve período de liderança, o Santos atuou no 4-3-3 (quatro defensores, três no meio-campo e três atacantes) usando um zagueiro improvisado na posição de lateral lateral direito, o que na prática foi uma escolha muito danosa para a performance da equipe. Ao menos no início do jogo, não se tratava de três zagueiros atuando em suas funções de origem.

Na primeira experiência de improviso, o zagueiro Lucas Veríssimo iniciou como titular na lateral direita contra o Fluminense em casa. O Santos venceu por 2 a 1, mas Victor Ferraz entrou na equipe no intervalo, quando o placar permanecia 0 a 0. Depois disso, Sampaoli não ousou mais o improviso em casa. Todos as outras cinco improvisações na lateral direita foram fora de casa.

A goleada sofrida para o Palmeiras por 4 a 0 foi o segundo improviso de Sampaoli, novamente com Veríssimo na lateral. Victor Ferraz só entrou aos 29 minutos do segundo tempo, quando a partida já estava 3 a 0. No terceiro improviso, com o zagueiro Aguilar na lateral contra o Botafogo, Ferraz entrou aos 5 minutos do segundo tempo, com o placar ainda em 0 a 0, e o Santos vence por 1 a 0. Não foi suficiente para o treinador argentino.

Com o time líder do Brasileirão, o Santos perdeu para o São Paulo por 3 a 2 com o zagueiro Lucas Veríssimo na lateral direita, e os laterais de ofício Victor Ferraz e Pará no banco de reservas. Depois, o time perdeu para o Cruzeiro (e a liderança na rodada seguinte) com o meia Evandro improvisado na lateral direita. Com Aguilar suspenso nesse jogo, esperava-se a volta de Victor Ferraz, mas nem no banco ele ficou. O improviso do argentino não poderia ter dado mais errado, já que Evandro foi substituído aos 8 minuto do primeiro tempo após a expulsão do zagueiro Gustavo Henrique, que atuava em um sistema defensivo improvisado com um meia na lateral direita. No lugar do improvisado Evandro entrou o lateral direito Pará, que saiu no intervalo, quando o Cruzeiro já vencia por 1 a 0. A equipe mineira ainda fez um segundo gol no jogo. Em 39 rodadas, o Cruzeiro venceu sete jogos, um deles quando já estava na zona de rebaixamento e derrotou o líder do campeonato que entrou com um meia na lateral direita. Além do Ceará (líder na rodada #2), o Cruzeiro bateu Corinthians e São Paulo, que eram, respectivamente, quarto e quinto colocados. As outras vitórias foram contra Goiás (11º), Vasco (14º) e Botafogo (13º).

Depois dessa derrota, o Santos só voltou a improvisar na lateral direita seis rodadas depois, quando empatou com o Fluminense em 1 a 1 com o zagueiro Lucas Veríssimo na posição. Victor Ferraz entrou aos 20 minutos do segundo tempo, quando o jogo já tinha esse placar.

Na lateral esquerda os improvisos foram nos jogos Vasco 0 x 1 Santos, Fortaleza 2 x 1 Santos e Athletico-PR 1 x 0 Santos.

Os dados em relação às consequências dos improvisos de Sampaoli surgiram quando o Espião Estatístico levantou a evolução do Santos no aproveitamento de pontos e nas eficiências ofensiva e defensiva nos Brasileirões desde 2014 aplicando modelos estatísticos avançados elaborados em parceria com o economista Bruno Imaizumi para levantar o desempenho médio do time em grupos de seis partidas. A ideia, representada no gráfico abaixo, que evolui por ano e número da rodada, é recordar se ao longo de cada edição do Nacional o time vivia fase positiva ou negativa considerando não apenas o resultado da rodada em questão, mas sim um conjunto dos últimos seis jogos disputados. Na rodada #7, por exemplo, consideramos o aproveitamento de pontos nos jogos válidos pelas rodadas #2 à #7 e assim sucessivamente. Quando o time muda de treinador, os dados são apresentados após o sexto jogo sob seu comando.

A evolução do aproveitamento de pontos segue sempre o percentual de pontos conquistados nos últimos seis jogos — Foto: Espião Estatístico/Bruno Imaizumi

A evolução do aproveitamento de pontos segue sempre o percentual de pontos conquistados nos últimos seis jogos — Foto: Espião Estatístico/Bruno Imaizumi

A análise permitiu confrontar o desempenho do Santos em dois vice-campeonatos do Nacional: sob o comando de Dorival Júnior, o Santos foi campeão paulista em 2016 e em seguida começou mal o Brasileirão. Depois se recuperou até chegar à liderança na rodada#18, mas caiu novamente. Em 2019, sob o comando de Jorge Sampaoli, o Santos parou nas semifinais do Paulista e começou o Brasileirão melhor: na rodada #12, era o líder, mas da rodada #13 até a #20 a equipe passou de 9 gols sofridos para 22. Para piorar, enquanto levou 13 gols nesses jogos, a equipe só marcou sete: de uma derrota, o Santos rapidamente passou para cinco.

Defesa do Santos teve eficiências muito diferentes sob o comando de Cuca e de Dorival Júnior — Foto: André Durão

Defesa do Santos teve eficiências muito diferentes sob o comando de Cuca e de Dorival Júnior — Foto: André Durão

Como mostra o quadro abaixo, essa instabilidade na eficiência defensiva não ocorreu apenas com Sampaoli, já tinha aparecido claramente em 2018, com Jair Ventura e Cuca no comando do time após três edições da competição com a defesa realizando um trabalho muito eficiente com os técnicos Dorival Júnior e Levir Culpi. A cor verde no gráfico representa o trabalho ofensivo; a cinza, o defensivo. Consideradas as chances criadas, quando o time faz mais gols do que o estatisticamente esperado*, a barra verde fica acima da linha vermelha; quando faz menos gols, cai abaixo dela. Por outro lado, quando o time permite menos gols ao adversário do que o esperado, a barra cinza fica acima da linha vermelha, já que a defesa suportou mais do que se esperava; se o adversário faz mais gols com aquelas conclusões específicas, a barra cinza cai abaixo da linha vermelha, e, normalmente, o técnico cai junto, acaba demitido, como se vê abaixo, sempre considerando o que ocorreu nos últimos seis jogos até a rodada em questão. Vale lembrar que técnicos podem ser demitidos também por eliminações em outras competições, mas há um padrão claro abaixo: no Santos, só Sampaoli permaneceu no emprego quando a eficiência defensiva despencou. Não é pouca coisa. A metodologia está no final do texto.

O cinza fica abaixo da linha vermelha quando a defesa não é eficiente, mas o ataque também teve queda em vários momentos — Foto: Espião Estatístico/Bruno Imaizumi

O cinza fica abaixo da linha vermelha quando a defesa não é eficiente, mas o ataque também teve queda em vários momentos — Foto: Espião Estatístico/Bruno Imaizumi

Oswaldo de Oliveira

O Santos só foi vencer o primeiro jogo como mandante pelo Brasileirão de 2014 na rodada #9, quando vinha de três empates e uma derrota, tendo levado três mandos para Arena Pantanal, Morumbi e São Bernardo do Campo, onde ganhou a primeira. Então, foram duas vitórias seguidas na Vila Belmiro, mas perdeu em casa para o Corinthians por 1 a 0. Depois disso, só dirigiu a equipe mais uma vez no estádio santista. Oswaldo de Oliveira deixou o comando após perder no Maracanã para o Botafogo, na rodada #18. A equipe ocupava a 11ª colocação e tinha seis vitórias, cinco empates e sete derrotas (43% de aproveitamento), com 18 gols marcados. O time levou 14 gols nesse período, sendo dez deles quando visitante. Oswaldo caiu após acumular cinco derrotas consecutivas fora de casa com o time fazendo um único gol nessas partidas.

Enderson Moreira

Assumiu na rodada #19 de 2014 e ficou até o final da competição. Por um período, conseguiu manter a equipe equilibrada em casa, mas depois esses jogos acompanharam o que se passava quando visitante. Em 20 partidas à frente da equipe, conseguiu oito vitórias, seis delas quando mandante, mas dos últimos cinco jogos com o mando de campo, perdeu quatro. De dez jogos fora de casa, venceu dois. Sob seu comando foram oito vitórias, quatro empates e oito derrotas (47% de aproveitamento). Ao final do Brasileirão de 2014, o Santos tinha 46,5% de aproveitamento, na nona colocação. Naquele ano, pós 7 a 1 da Alemanha no Mundial do Brasil, do oitavo colocado para baixo, todos tiveram aproveitamento inferior a 50% dos pontos disputados. Com Enderson Moreira, o Santos levou 21 gols, sendo 13 quando visitante. O Santos teve a terceira melhor defesa do campeonato, com 35 gols sofridos.

Marcelo Fernandes

Marcelo Fernandes assumiu o Santos após a saída de Enderson Moreira na sétima rodada do Campeonato Paulista de 2015 e levou o clube ao título do estadual. Mas o trabalho não rendeu no Nacional e saiu após a rodada #12 com duas vitórias, quatro empates e seis derrotas, incluindo os quatro últimos jogos (27,8% de aproveitamento). O time levou 21 gols em 12 jogos. Foi impressionante o que ocorreu em seguida.

Dorival Júnior

Dorival Júnior assumiu o time na zona do rebaixamento, 17ª colocação, na 13ª rodada do Brasileirão de 2015 para fazer o mais longo trabalho de um técnico no clube nos últimos anos. Estreou ganhando do Figueirense em casa e em seguida perdeu para o Palmeiras como visitante. No clássico, usou como titulares oito jogadores que Marcelo Fernandes tinha utilizado. Quando enfrentou o Palmeiras novamente pelo segundo turno, oito de seus titulares tinham começado jogando seu primeiro clássico à frente da equipe. Eram os mesmos jogadores, mas o desempenho mudou radicalmente, principalmente na defesa. Levou 20 gols em 26 jogos, e a média de gols sofridos caiu de 1,75 com Marcelo Fernandes para 0,77 no Brasileirão, que terminou na sétima colocação. Paralelamente, ainda levou o time à final da Copa do Brasil, que perdeu para o mesmo Palmeiras nos pênaltis, em São Paulo, com o time titular contando com nove dos jogadores que tinham disputado o clássico no início de seu trabalho. O gráfico lá de cima mostra que a defesa ainda teve baixa eficiência no início do trabalho, mas depois subiu para durar por três temporadas, até o final de 2017.

Em 2016, depois de conquistar o Paulistão, sonhou com o título brasileiro até a rodada #35, quando estava a quatro pontos do líder Palmeiras e uma campanha muito próxima à conseguida por Sampaoli em 2019 (21V, 4E, 10D, 63,8% x 20V, 8E, 7D, 64,8% do argentino). Mas então, fora de casa empatou com o Cruzeiro e perdeu para o Flamengo, e sonho acabou com o Palmeiras abrindo nove pontos.

O gráfico abaixo reflete a força que o Santos mostrou em casa sob cada treinador. Com Dorival Júnior, em 2016 o time levou apenas cinco gols nos primeiros 12 jogos em casa, mas nos últimos sete levou seis, o que causa a queda das colunas cinzas e da linha preta. A derrota em casa para o Figueirense na rodada #22 comprometeu o desempenho na competição.
Eficiência do Santos quando mandante em Brasileirões desde 2014 — Foto: Espião Estatístico/Bruno Imaizumi

Eficiência do Santos quando mandante em Brasileirões desde 2014 — Foto: Espião Estatístico/Bruno Imaizumi

Levir Culpi

A passagem do treinador pelo Santos talvez seja uma memória que desperte a resistência do torcedor santista com o trabalho do português Jesualdo Ferreira. Assim como no caso do trabalho do atual técnico santista, a eficiência defensiva era promissora, mas a ofensiva nem tanto. E essa é uma questão que marca o trabalho de qualquer treinador: a força ofensiva não pode cair mesmo que a defesa faça um trabalho exemplar. Foi esse o mérito de Sampaoli após as passagens de Levir, Jair Ventura e Cuca. O péssimo início em 2017 sob o mesmo Dorival Júnior (três derrotas e uma vitória em quadro jogos do Brasileirão após uma eliminação nas quartas de final do Paulistão contra a Ponte Preta) acendeu o alerta em relação à Libertadores (da qual o Santos acabou eliminado contra o Barcelona de Guayaquil ao perder em casa por 1 a 0 sob o comando de Levir Culpi). Defensivamente, o Santos dificultava a vida dos adversários, mas a bola não entrava no ataque. Quando o Brasileiro de 2017 acabou, o Santos era o terceiro colocado com 55,3% dos pontos conquistados (17 V, 12 E, 9D) e apenas 32 gols sofridos em 38 jogos, a melhor marca defensiva do clube nos pontos corridos desde 2006, quando o campeonato passou a ter 38 rodadas. Mas o time só fez 42 gols, a pior marca ofensiva.

Jair Ventura

Ponto forte do treinador à frente do Botafogo, principalmente quando escalava três volantes, o sistema defensivo do Santos não conseguiu suportar a pressão sob o comando de Jair Ventura, que deixou o clube após 14 rodadas do Brasileirão 2018 (4 V, 4 E, 6 D, 38,1% de aproveitamento) e uma passagem pela zona do rebaixamento na rodada #8 (18ª colocação). O time fez 16 gols e sofreu 18. Se a torcida não aceita baixa produtividade ofensiva nem quando a defesa vai bem…

Cuca

Assumiu o time no jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil perdendo em casa para o Cruzeiro. Acabou eliminado em Belo Horizonte, mas nos pênaltis, quando a equipe perdeu todas as três cobranças que fez. No Brasileirão, sob seu comando foram nove vitórias, sete empates e sete derrotas, aproveitamento de 49,3%. Como o gráfico de eficiência em casa mostra bem, Cuca obteve sucesso quando mandante, só levou cinco gols em 11 jogos, mas marcou 15. Quando visitante, também marcou 15 gols em 12 jogos, mas levou 16. O quadro abaixo mostra a eficiência da equipe quando visitante. Quando as coisas vão mal, as barras caem abaixo da linha vermelha.

Dorival Júnior ajeitou a defesa do Santos, que brilhou por três temporadas — Foto: Espião Estatístico/Bruno Imaizumi

Dorival Júnior ajeitou a defesa do Santos, que brilhou por três temporadas — Foto: Espião Estatístico/Bruno Imaizumi

*Metodologia

Os gráficos de eficiência ofensiva e defensiva levam em consideração cada uma das 55.334 finalizações feitas no Brasileirão desde 2014 e cadastradas pelo Espião Estatístico. Vários fatores são considerados, como distância e ângulo de cada finalização feita e sofrida, momento emocional dos jogadores pela diferença de gols no placar e também pela minutagem do jogo, se atuava como mandante ou visitante e até mesmo as características de cada jogada (se contra-ataque, se jogada aérea, se rasteira), tudo isso foi levado em consideração para que fossem analisadas as eficiências ofensiva e defensiva da equipe e mostradas nos gráficos acima ao aplicarmos modelos estatísticos avançados desenvolvidos pelo economista Bruno Imaizumi especialmente para nossa base de dados

Cada finalização, dependendo de onde e quando é feita, gera uma pontuação que é relativa à média de todos os jogadores que fizeram finalizações nos Brasileirões. Esse desempenho médio é um referencial para todos os atletas. Os jogadores acima da média marcam mais pontos para a eficiência de suas equipes, e os abaixo da média, puxam esse desempenho para baixo da linha vermelha dos gráficos.

Quando o time é eficiente em fazer e evitar gols considerada a média do que ocorreu no passado, sua pontuação em eficiência sobe acima da linha horizontal vermelha dos gráficos; se o time não é eficiente, desperdiçando chances que outros times conseguiram colocar dentro do gol, sua pontuação ofensiva cai abaixo da linha vermelha. O mesmo vale para os sistemas defensivos. Essas variações nos ajudam a fazer previsões como as utilizadas no Favoritismos.

A equipe do Espião Estatístico é formada por: Caio Carvalho, Guilherme Maniaudet, Guilherme Marçal, Leandro Silva, Roberto Maleson e Valmir Storti.

(Espião Estatístico/Globo Esporte)