O Inter se prepara para enfrentar os efeitos da crise devido à pandemia do coronavírus em todas as frentes e espera uma queda brusca nas receitas com vendas de uniformes e produtos licenciados. Mas os primeiros três meses da parceria com a Adidas já renderam frutos. O clube faturou um valor próximo a R$ 4 milhões com royalties no primeiro semestre de 2020.
A mudança de fornecedora foi bem recebida de imediato pelos torcedores. O clube recebeu R$ 3 milhões dos royalties das vendas de uniformes e demais artigos esportivos nos dois primeiros meses do ano. Mesmo já sob os efeitos da pandemia do coronavírus, março rendeu mais R$ 1 milhão aos cofres do clube.
O formato do contrato com a Adidas, porém, faz o clube estimar uma queda acentuada nas receitas, de cerca de R$ 1 milhão mensais até que a pandemia do coronavírus seja contida. A estimativa é feita com base nos números já apresentados até abril. Há expectativa de que a normalização da situação em todo o mundo dê um impulso nas receitas.
Ao trocar de fornecedora, o Inter alterou também os moldes do acordo, que é de fornecimento de material esportivo, sem uma cota fixa de patrocínio a ser recebida pelo clube – ao contrário do que ocorria com a Nike.
O Colorado tem direito a 27% do valor das vendas de produtos licenciados, por royalties, além de 40 mil peças para uso no futebol masculino, futebol feminino e categorias de base.
A aceitação da Adidas foi tanta que o clube superou até Boca Juniors e São Paulo nas vendas e só ficou atrás do Flamengo na América do Sul. A empresa alemã preparava o lançamento de camisas pré-jogo e agasalhos especiais, mas tudo isso foi cancelado por ora. Ao todo, serão 27 peças licenciadas, mas não há previsão de novidades nas lojas.
O cenário é de incerteza. Após o primeiro semestre, muitas lojas fizeram novas encomendas para repor estoque, a ser confirmadas na hora do pagamento para o envio das peças. Mas todos os pedidos estão suspensos devido à pandemia e não se sabe se serão mantidos. (Globo Esporte)