Fernando Marchiori, técnico da Portuguesa, quer o fim do Campeonato Paulista Série A2 e o acesso dos oito primeiros colocados, que compõem a zona de classificação, para a elite do futebol do estado. O treinador assumiu a Portuguesa na vice-lanterna e levou o time até a oitava colocação. Fernando explicou os motivos de seu pedido.

– Sei que todos lutam para diminuir o estadual, mas é uma coisa de humanização. Se falar que ficam 24 equipes para o ano que vem, fazer duas chaves de 12, você terá onze jogos e ainda diminui uma rodada. É voltar a ter um charme, clássicos como Santos x Portuguesa Santista, XV de Piracicaba x Ponte Preta, Portuguesa x Corinthians, quanto tempo não joga com os grandes. Você ia voltar para um charme, para um glamour do estadual, muito bacana – disse o treinador.

– Da mesma forma, que caíssem os próprios oito dentro disso, para estar dentro de uma normalidade. Você fazendo isso e não tendo rebaixados, não prejudica ninguém. E quem esteve dentro da zona de classificação, seria justo que tivesse esse mérito. Acho que seria uma maneira justa, um momento de humanização – completou.

Questionado pelo repórter Renato Cury sobre como ficariam os outros times que não estão na zona de classificação, mas ainda conseguiriam alcançá-la nas últimas três rodadas, Fernando diz que “não é possível agradar a todos”.

– É como morar em prédio. A maioria vai vencer. Você não vai conseguir agradar todos que ali não estão. Ao mesmo tempo, quem está na zona de classificação, teriam que ser os privilegiados por estarem ali no momento. Infelizmente não vamos conseguir agradar a todos. Tanto que falei isso para meus atletas na última partida, era importante terminar no G-8.

O treinador ainda fala sobre as dificuldades que os times pequenos vão ter caso a paralisação do futebol, por conta do coronavírus, se prolongue ainda mais.

– O momento, no mundo todo, será de superação. Os clubes vão passar dificuldades pelo acontecimento que pegou todos de surpresa. Clubes que não têm um calendário de competição para o segundo semestre serão os mais afetados. Vamos ter que encontrar soluções para poder voltar, por mínimo que seja, e manter atividade, se não o ano será perdido. A catástrofe será pior. Esperamos conseguir essa ajuda para isso se tornar realidade quando as coisas voltarem ao normal. (Globo Esporte)