Enquanto a quarentena por causa da pandemia de coronavírus segue sendo a melhor forma de se prevenir, os clubes estão buscando novas formas de interagir com os torcedores. Na noite desta terça-feira foi a vez de o Botafogo fazer um vídeo ao vivo com Pedro Raul, que traçou um objetivo claro a curto prazo para o time comandado por Paulo Autuori.
– Sonho a curto prazo é ser campeão no Botafogo e conseguir levar o clube à Libertadores. A longo prazo é chegar na seleção, que é o ápice da carreira de um jogador. É uma coisa que a gente pode sonhar sim, ainda mais vestindo essa camisa.
Natural de Porto Alegre, o gaúcho está na capital do Rio Grande do Sul para poder ficar mais próximo da família e foi de lá que participou da live do Alvinegro. Apesar da distância física, a noção de proximidade com o clube se mantém. Seja com os exercícios que lhe foi passado pela comissão técnica para se recuperar das dores na coxa – e que ele garante estar 100% – ou buscando atacantes que fizeram história no Botafogo para se inspirar.
– Quero tentar alcançar o Loco Abreu. Vejo que é uma referência na história do clube. Tem o Túlio também. Estamos falando de duas referências no futebol na posição. Espero alcançar ou chegar um pouco perto deles, que já está bom. Fora do Brasil me inspiro também no Lewandowski. Por causa da técnica de jogo e leitura que tem de todos os lances. Está sempre bem posicionado. A bola chega quadrada e ele devolve redonda.
Além do fato de os campeonatos estarem totalmente paralisados, existe até mesmo a indefinição de quando – e se – voltam a ser disputados. Para o atacante, porém, é preciso disciplina por parte dos jogadores e não confundir a quarentena com férias.
– Não consigo ver a temporada… Porque tem uma indefinição da CBF ainda. A gente não sabe se os estaduais vão voltar ou não, como vai ser o Campeonato Brasileiro… é difícil. A gente tem que estar pronto para quando as competições voltarem estar preparado.
Outros tópicos da live que Pedro Raul participou
Carreira até chegar ao Botafogo
– Comecei no São José, sul de Porto Alegre, sub-20 joguei no Cruzeiro daqui de POA. Fiquei um ano e 10 meses em Portugal, voltei ao Brasil, fui para o Atlético-GO e agora estou aqui tendo a honra de representar o Botafogo.
Autuori e forma de jogar
– A gente estava pegando, mas veio essa parada que foi triste para todos. Mas a gente estava conhecendo o trabalho do Paulo, se ambientando. Estava todo mundo empenhado em aprender com ele. Tudo que a gente conseguir tirar dele deve ser bom para a nossa carreira porque é um cara que já conquistou todos os títulos possíveis.
Experiência com Barroca no Atlético-GO
– Ele foi fundamental. Espero voltar a trabalhar com ele no futuro. Foi um cara que soube tirar o máximo de todo mundo. Aprendi muito com ele no dia a dia. A gente conversou no começo do ano. Fiquei muito contente em saber que ele queria trabalhar comigo de novo.
Foco nesse período
– Eu trabalho todo dia no meu máximo, acredito que essa é a formula de agradar. É que nem eu falo para os meus amigos, do mesmo jeito que joga um clássico tem que jogar contra um time supostamente inferior. Tenho que estar focado para deixar a marca no Botafogo, que é o que eu quero. É uma honra vestir essa camisa.
Treinos e convivência com Honda
– Ele é um cara muito profissional. A gente sempre vê ele chegando uma hora e meia, duas horas antes do treino. Depois do treino ele faz vários procedimentos de recuperação. Dentro de campo a gente vê que ele é muito concentrado. Quando a gente tem uma referência técnica como ele é, a gente tenta buscar ao máximo.
Resenha com Caio Alexandre e demais jogadores
– É um moleque sensacional, joga muito. Eu falo que ele é o Iniesta do grupo. Acho que (é mais próximo) o Bruno, Caio, Marcelo, Alex Santana, Luiz Fernando, tem vários, Guilherme Santos… eu falo com todos. É difícil citar alguns porque me dou bem com todo mundo.
Experiência em Portugal
– Aprendi muito lá, em todos os quesitos. Todo treino era uma aula. Se desse pra voltar no tempo e escrever para anotar, eu gostaria. Meu futebol melhorou muito. Eles dão muita atenção nos detalhes, que às vezes passa despercebido no treino ou no jogo. Numa perspectiva maior, fazia a diferença. Isso foi uma cultura que eu consegui adquirir lá e vejo que consigo jogar melhor.
Como reagiu ao receber proposta e o motivo de escolher o Botafogo
– Estava de férias, viajando, e quando recebi a ligação falei “vai mandar para eu assinar ou o quê?” Foi de cara. (Escolhi) porque é um clube gigante, representa muito no cenário. Antes de tomar a decisão final eu falei com o Barroca. Ele passou as informações que eu precisava, disse para ficar tranquilo que ia jogar e me sentir bem. Gosto muito de jogar aqui, estou virando amigo de todo mundo, são pessoas fantásticas e estou muito feliz. (Globo Esporte)