Uma nota na última sexta-feira serviu de comunicação formal do representante da Comissão Nacional de Clubes, Mário Bittencourt, presidente do Fluminense, de que não houve acordo entre dirigentes e atletas. A CNC desejava corte de 25% de salários no período de paralisação, mas a proposta não foi aceita pelos atletas e pelos sindicatos. Terminou sendo definido apenas as férias coletivas de 20 dias – medida que alguns clubes já comunicaram a atletas e departamento profissional.
Em vídeo divulgado neste sábado, Mário lamentou a falta de acordo, mas não descartou por completo o entendimento com os jogadores. Levantou a hipótese também do governo federal fazer outra Medida Provisória que pudesse normatizar esta relação com jogadores e departamento profissional de futebol.
– Não impede que a gente siga conversando. Foram mais 30 presidentes na última reunião. Os clubes marcaram novas conversas nesses 20 dias de férias para tentar uma outra posição. Quem sabe até esperar uma medida do próprio governo com relação a esse período de crise. Não só na saúde, mas também econômica – disse o presidente do Fluminense.
No grupo de capitães e de representantes de atletas, a proposta dos clubes foram rejeitadas. No Fluminense, internamente, os jogadores também rechaçaram cortar remuneração num contexto de atrasos salariais – situação semelhante de outros clubes do país, o que provocou e justificou decisões iguais em outros elencos.
Alguns clubes pelo país já iniciaram negociação. No Fortaleza já houve acordo para redução em 25% de remuneração de jogadores e funcionários. Grêmio e Internacional também negociam as condições de ajustes. (Globo Esporte)