O torcedor mais fiel do mundo. Essa era a descrição mais comum de Seb Lewis, morto na última quinta vítima do coronavírus. Ele acompanhou o Charlton durante todos os 1.076 jogos do clube desde 1998, dentro e fora de casa.

Com 38 anos e histórico de asma, ele passou mais da metade da vida seguindo o Charlton. Ocupando a 22ª colocação da segundona inglesa antes da paralisação do campeonato, o clube de Londres foi da primeira à terceira divisão local nesse período.

Seb teve os primeiros sintomas da doença dia 16 e foi internado há uma semana com um quadro de infecção pulmonar. Dois dias depois, foi confirmado que ele estava com o coronavírus. Ele costumava postar imagens das aventuras que fazia pelo Charlton.

A equipe fez nas redes sociais um último agredecimento a Seb. O clube afirmou que ele era “a alma e o coração da família do Charlton”, e que “o the Valley (estádio do time) e nenhuma arquibancada do país vão ser os mesmos sem ele”.

“Nós estamos devastados ao saber da morte de um de um dos torcedores mais dedicados, fiéis e populares do Charlton.”

O pai de Seb, Lionel Lewis, deu uma declaração ao site oficial do Charlton contando como começou a paixão do filho pelo clube:

– Levei-o para seu primeiro jogo no The Valley em 1993. O Charlton venceu por 5 a 1 e ele ficou extremamente feliz. Disse que queria ir a mais partidas. Ele era disléxico e não conseguia ler um livro inteiro até que saiu a biografia de Gary Nelson (ex-jogador do clube) e ele leu tudo.

Nos muros perto do estádio, torcedores pintaram a inscrição “Seb 1076”, em homenagem ao torcedor símbolo da equipe. (Globo Esporte)