Números mostram que a produção de carne bovina deve superar o volume de consumo em 2020, diante da pandemia global do novo coronavírus (Covid-19).
Mesmo assim, devido à adoção de medidas para tentar restringir o contágio da doença, consumidores tem promovido verdadeiras corridas aos supermercados com medo de que haja desabastecimento de alimentos.
No entanto, um levantamento encomendado pelo Sindicato das Indústrias de Frigoríficos (Sindifrigo), mostra que o fornecimento de carne bovina está garantido no Brasil e, principalmente, em Mato Grosso.
A projeção é de que a produção brasileira de carne bovina deve ser 35,5% maior que o volume consumido no país. Essa produção já está contratada com as operações em andamento nas fazendas, e, por conta da dinâmica da cadeia produtiva, não pode ser interrompida. Ou seja, os volumes serão produzidos, portanto não há risco de desabastecimento de proteínas.
A avaliação do Sindifrigo, por meio do presidente da entidade, Paulo Bellincanta, é de que o setor produtivo de carne bovina está trabalhando para garantir o fornecimento de alimento de qualidade para todos os brasileiros e para as centenas de países para os quais a nossa carne é exportada.
A entidade também informa que está em contato direto com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, para gerenciar e identificar situações pontuais que necessitem de ações para ajustar fluidez do processo produtivo.
Medidas profiláticas
A Associação de Supermercados de Mato Grosso (ASMAT) enviou nota à imprensa informando que o abastecimento continua normal nas lojas até o momento, sem a falta de alimentos.
Espera ainda que os mercados funcionem com normalidade e recomenda que a população não precisa entrar em pânico, pois os supermercados estão preparados, inclusive, para aumentar o abastecimento, caso necessário, como já acontece em datas sazonais.
A higienização dos carrinhos e cestas, segundo a Asmat, está sendo respeitada, conforme estabelecido na lei 13.486/2017.
Segundo o presidente do Sindifrigo, a indústria de carnes fez uma varredura em todos os procedimentos de segurança sanitária. Foi realizado um mapeamento de pontos críticos, como portarias e ônibus que transportam os trabalhadores até as bases dos frigoríficos, bem como vestiários e refeitórios. Ainda intensificou os cuidados com tudo que envolve a logística e faturamento.