Faltam pouco mais de quatro meses para a Olimpíada de Tóquio 2020 e, no meio da pandemia do novo coronavírus, o Comitê Olímpico Internacional insiste em manter a data de abertura dos Jogos para 24 de julho.

Algo parecido com o que aconteceu há 80 anos, na segunda vez que os Jogos foram cancelados. Mas, na época, o motivo era ainda mais grave: a II Guerra Mundial, maior conflito armado da história da humanidade, já estava em andamento.

O Comitê Olímpico insistia que os Jogos deveriam ser realizados. Tanto que, somente em maio de 1940, com a Segunda Guerra Mundial matando pessoas há nove meses (começou oficialmente em setembro de 1939), que o COI cancelou a Olimpíada, que aconteceria em julho daquele ano.

Curiosamente, Tóquio, no Japão, seria a sede daquela edição da Olimpíada. Mas, com um confronto armado entre China e Japão, antes mesmo do início da II Guerra Mundial, fez com que a sede do evento fosse mudada para Helsinque, na Finlândia.

A cidade começou a se organizar para os Jogos ainda em 1938, antes do início da II Guerra, mas o COI só oficializou o cancelamento dos Jogos em maio de 1940, quando o maior confronto armado da história já havia começado há nove meses.

O tempo passou, a Olimpíada mudou de patamar, aumentou o fluxo de dinheiro e se profissionalizou, mas a atitude dos dirigentes não mudou em nada.

Presidente do CPB pede adiamento das Olimpíadas de Tóquio e teme risco aos atletas 🏐🏀🎾🏓⚽

O presidente do CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro), Mizael Conrado, afirmou nesta sexta-feira que considera “imperioso” que o COI (Comitê Olímpico Internacional) adie a realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio de 2020 para 2021. O dirigente complementou e acha que a decisão do comitê de manter a data dos eventos – entre julho e setembro deste ano – prejudica a preparação e a saúde dos atletas. (Globo Esporte)