É essencial colocar com clareza que o governante tem a missão de priorizar o que é mais importante e mais urgente, para a coletividade. No momento pelo qual o Brasil e o mundo atravessam, o essencial é estruturar a saúde, para o enfrentamento dos desafios e, no caso particular, da pandemia do Covid-19, doença provocada pelo coronavírius.
Por conta disso, resolvi escrever este artigo para sugerir às autoridades, principalmente ao Congresso Nacional e Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que sejam destinados parte dos recursos do Fundo Eleitoral para o Ministério da Saúde. E, neste momento em que Mato Grosso registra apenas casos suspeitos, a sugestão é que o dinheiro seja carimbado: uso exclusivo para combater a Covid-19.
É provável que os legisladores, quando decidiram criar o Fundo Eleitoral, para financiamento público das campanhas, imaginaram que, assim, a disputa seria um pouco mais igual ou menos desigual.
São mais de R$ 2 bilhões para os candidatos que vão disputar o pleito de outubro, para prefeituras e câmaras municipais. É muito dinheiro público em um país com tantos problemas!
Solicito de forma concreta que as autoridades competentes reduzam o valor destinado para o Fundo Eleitoral e repassem 70% ou no mínimo 50% para combater o coronavírus. Sei que sou um grão de areia o no meio do oceano. Mas humildemente estou fazendo a minha parte.
E deixo aqui que sou e sempre fui contra a destinação de valor exorbitante da verba pública para as campanhas eleitorais.
*JULIANO NARDEZ é empresário em Cuiabá.