A eleição suplementar para o Senado da República por Mato Grosso corre o risco de ser adiada por causa da pandemia do corona vírus – Covid-19. O ministro da Saúde, deputado Luiz Henrique Mandetta (MS), se reúne nesta segunda-feira (16) com os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para debater sobre a possibilidade de adiamento da eleição suplementar ao Senado, já deflagrada em Mato Grosso, na semana passada.
O pleito está marcado para ocorrer no dia 26 de abril e pode sofrer alteração devido a pandemia do Covid-19, o coronavírus. A informação foi divulgada pela coluna Painel, do jornal a Folha do São Paulo desta segunda-feira.
Em Mato Grosso, até o momento, nenhum caso da doença foi confirmado. No entanto, oito casos suspeitos estão sendo monitorados pela Secretaria de Estado de Saúde.
A eleição suplementar foi marcada em razão da cassação da senadora Juíza Selma Rosane Arruda (Podemos), por caixa dois e abuso do poder econômico, em decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), em abril de 2019, confirmada pelo pleno do TSE.
O governador Mauro Mendes (DEM) já havia ingressado com um pedido no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), no início deste mês, pedindo o adiamento da eleição e, entre os motivos, alegou a pandemia do vírus Covid-19.
No pedido, ele citou a expansão do coronavírus no Estado e a necessidade de evitar aglomerações e compartilhamento de objetos. A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, negou o pedido.
A reportagem ligou pela manhã nos telefones do ministro da Saúde e no do secretário-executivo adjunto do Ministério, Carlos Carlos Alberto de Andrade e Jurgielewicz. Porém, as chamadas não foram atendidas.
Candidatos
Após as convenções partidárias encerradas no dia 13 de março, o Estado fechou em 12 os candidatos na disputa pela cadeira de senador da República.
Destes, apenas três participaram do pleito de 2018, quando foram eleitos Selma Arruda e Jayme Verísismo de Campos (DEM). Estavam no páreo, na última eleição o ex-deputado federal Nilson Leitão (PSDB), Procurador Mauro César Lara (PSOL) e o ex-vice-governador Carlos Henrique Fávaro (PSD).
O número de candidatos supera o da eleição de 2018. A diferença é que naquela ocasião havia duas vagas.
Atualmente, estão na disputa pela cadeira no Senado: Otaviano Pivetta (PDT), Júlio Campos (DEM), coronel Rúbia Fernanda Santos (Patriota), Gisela Simona (Pros), Valdir Barranco (PT), Nilson Leitão (PSDB), Carlos Fávaro (PSD), Procurador Mauro César Lara de Barros (Psol), Feliciano Azuaga (Novo), José Antônio Medeiros (Podemos) e Elizeu Nascimento (Democracia Cristã – DC).