A Secretaria Estadual de Saúde confirmou que o primeiro paciente confirmado de coronavírus no Rio Grande do Sul não está mais com a doença.

O homem, de 60 anos, apresentou os sintomas na sexta-feira, 29 de fevereiro, mas a doença só foi confirmada nesta segunda (9) após resultados de exames.

A informação foi divulgada primeiramente por Suzana Ambros, secretária municipal de Saúde de Campo Bom, onde reside o paciente. Ela afirmou que o homem não apresentou mais sintomas da doença e retornou às suas atividades normalmente.

A Secretaria Estadual de Saúde confirmou, dizendo que: “no caso do paciente com coronavírus, deve ser seguido o que preconiza a Organização Mundial da Saúde. Passado o período de quarentena, que é o caso, o paciente está liberado clinicamente”.

Os familiares do homem ainda são acompanhados pelos agentes de saúde do município de Campo Bom, segundo a secretária Suzana. Eles não apresentaram nenhum sintoma da doença e, por este motivo, não foram encaminhados para exames laboratoriais.

O Rio Grande do Sul ainda conta com um caso da doença, confirmado nesta quarta-feira (11). Trata-se de uma mulher de 54 anos, que mora em Porto Alegre. Ela retornou da Itália recentemente e está em isolamento domiciliar.

De acordo com prefeitura da Capital, três pessoas tiveram contato com a paciente: a filha dela e um casal. Eles tiveram sintomas semelhantes dos de quem contraiu o vírus, como febre baixa, dor no corpo, fraqueza e tosse, e devem passar por exames ainda nesta quarta.

O Ministério da Saúde atualizou às 16h45 desta quarta o boletim confirmando 52 casos de Covid-19 no Brasil. Destes, 30 estão em São Paulo, 13 no Rio de Janeiro, dois na Bahia, no Distrito Federal e no Rio Grande do Sul, e um em Minas Gerais, Espírito Santo e Alagoas. O Ministério ainda não contabiliza a liberação de um dos pacientes do RS.

Os números divulgados pelas secretarias estaduais e o Ministério da Saúde não são necessariamente iguais, já que os órgãos têm horários e procedimentos distintos para apresentação de seus boletins diários.

RS segue com um caso confirmado da doença — Foto: Getty Images

Na tarde desta quarta-feira (11), o Conselho das Secretarias Municipais de Saúde realizou uma reunião na sede do Ministério Público de Porto Alegre para discutir um plano de ação para a chegada do coronavírus ao estado.

Representantes de cerca de 200 cidades participaram. A intenção é que, em no máximo dez dias, todas as regiões aprovem estratégias claras para tratar pacientes e casos suspeitos.

“Nós queremos ter hospitais que nos deem retaguarda nas sete regiões, para que a gente não precise estar acessando Porto Alegre. Com isso evitamos o deslocamento de pessoas, possíveis doentes, nas estradas pra acessar um serviço de saúde longe”, diz o presidente do Cosems, Diego Espíndola de Ávila.

Segundo as autoridades, tanto a população quanto o setor de saúde privada precisa fazer a sua parte para enfrentar o coronavírus.

“Nós montamos uma estrutura na Capital de uma coleta de amostras de exames domiciliar. A pessoa fica em casa, não tem o risco de se expor nem expõe outras pessoas. Não é recomendado que ela se dirija aos hospitais. Então a primeira recomendação é ligar para a vigilância e fazer a coleta domiciliar”, diz o prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Jr.

“Se houver a necessidade de algum deslocamento, que seja feito onde ela tem o hábito dela ser tratada, seja em um consultório médico, clínica privada ou unidades básicas de saúde. E evitar os hospitais porque tem uma grande aglomeração de pessoas”, conclui.

“O atendimento é fundamentalmente domiciliar. Os casos graves identificados na atenção básica vão entrar em contato com a central de leitos do RS e a partir daí encaminhados aos hospitais que tem toda estrutura pra internação de pacientes graves e críticos”, diz o diretor do departamento de Regulação do RS, Eduardo Elsade.

Contatos

  • Vigilância em Saúde Estadual: 150
  • Municipal: 156
  • Federal: 136