Diante dos engarrafamentos, temos que saber destinar partes de algumas horas das nossas vidas para as viagens urbanas.

Quando estamos dentro do carro, no meio do trânsito, o interessante é saber que parte dos nossos momentos, de uma forma ou de outra, estão sendo desperdiçados.

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O importante é saber fazer destes momentos uma forma moderna de confraternizar, pois estamos juntos, às vezes com nossos parentes, e esses momentos de viagens urbanas devem ser usados para diálogo familiar, nesses estar parado no meio do trânsito, deve ser destinados para conversar, ou ouvir músicas juntos, pedir desculpas por duras discussões familiar e acima de tudo melhorar os relacionamentos com pessoas que nos amam.

Nos dias de hoje, algumas famílias não tem tempo para dialogar ou confraternizar, pois cada um tem uma televisão em seu quarto, isolando-se e excluindo-se os seus momentos da família, cada um vivendo o mundo televisivo de acordo com as suas opções de acesso combinados com a idade ou sendo não absolvidos por equipamentos eletrônicos.

Reunir em volta da mesa para as refeições que eram momentos sagrados e que uniam as famílias acabou, mas em nossos dias e com as competições selvagens na luta pela sobrevivência, ou por um lugar no mundo moderno, a família ficou em segundo lugar, e esses momentos de estar com os filhos estão desaparecendo, os horários nunca batem, por isso, as famílias estão usando o trânsito não somente como uma viagem urbana, mas fazendo desses momentos a confraternização familiar e ao final o aproveitamento fica mais interessante que o próprio destino.

Para que essas confraternizações de viagens urbanas não provoquem atrasos, basta sair mais cedo. Como os congestionamentos fazem parte da vida de quem vive nas grandes cidades e como não tem saída, não adianta estressar respondendo com agressões e gestos obscenos aos motoristas que lhes deram várias doces fechadas.

Não adianta querer concertar o mundo pela janela do seu carro, pois no mundo do trânsito existem muitos apressados e que são verdadeiros bichos sociais e poderosos, que é demonstrado pelos seus carros com os motores potentes, e por isso, não tem qualquer consciência em convivência, são perigosos seres transformados pelas razões individualizadas e achando que são donos de todas as pistas da cidade, o importante é saber ter o cuidado particularizado e não ter o desprazer de enfrentar esses animais motorizados, pois eles podem mudar o seu destino ou até lhe tirar a sua própria vida.

Como não temos uma saída agradável para enfrentar os transtornos do trânsito no mundo urbano, importante é relaxar, e olhar para os lados e contempla a cidade, olhar pelas janelas das portas e sorrir para quem te olhar, ouvir uma boa música, sabendo aproveitar mais as viagens urbanas e deixando um pouco de lado a hora de chegar e esquecendo um pouco o destino, pois só você sabe escolher o seu destino, mas nunca resuma os seus caminhos misturando-os com os destinos dos outros, mas o enfrentamento no trânsito nunca será bom para ninguém.

*WILSON CARLOS FUÁH é economista; especialista em   Recursos Humanos e Relações Sociais e Políticas.

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Wilson Carlos Fuáh: “quando estamos dentro do carro, no meio do trânsito, o interessante é saber que parte dos nossos momentos, de uma forma ou de outra, estão sendo desperdiçados”