De acordo com os pesquisadores, esses resultados classificam a manteiga como um alimento no “meio do caminho”. Ou seja, é improvável que seu consumo faça muito mal à saúde, mas as pessoas podem reduzir seu risco de problemas cardíacos ao optar por gorduras mais saudáveis como azeite extra virgem e óleo de soja ou de canola.
Os males associados ao consumo de manteiga se originaram na crença de que gordura saturada faz mal à saúde e, por muito tempo, os especialistas recomendaram que seu consumo fosse evitado.
Entretanto, os especialistas estão repensando o foco excessivo no impacto de um macro nutriente específico para a saúde, como é o caso da gordura saturada, e olhando para o todo. Segundo essa linha de pensamento, a combinação de todos os nutrientes presentes em um alimento pode ter diferentes impactos na saúde de uma pessoa. Por exemplo, laticínios como iogurte e queijos têm propriedades metabólicas que ajudam a prevenir contra o diabetes tipo 2, apesar de serem ricos em gordura saturada.
Para Laura Pimpin, uma das autoras do estudo, o grande problema da manteiga são os alimentos com os quais ela é consumida, que geralmente são ricos em carboidratos refinados ou com alto índice glicêmico, como pão branco e batata.
“Em geral, nossos resultados sugerem que a manteiga não deve ser demonizada nem considerada um caminho para a boa saúde. Mais pesquisas são necessárias para entender melhor o benefício deste alimento em relação ao desenvolvimento de diabetes.”, disse Dariush Mozaffarian, um dos autores do estudo.