Estamos entrando para a segunda década do século XXI e precisamos entender urgentemente o mundo em que vivemos. A era da internet, da informatização, dos apps, redes sociais e da globalização das notícias e informações destruiu todos os conceitos econômicos e políticos que conhecíamos e os novos ainda estão em construção.

Quem nasceu no pós 1999, portanto tem 21 anos ou menos, desconhecem o mundo pelo qual os cinquentões tanto falam ao ponto de brigar, que é o mundo da direita ou da esquerda (Guerra Fria não existe mais). Para quem está com menos de 21 estes conteúdos nem fazem sentido.  A nova massa humana vive em outras vertentes, onde a relação capital e trabalho já não são as mesmas e nem sempre se interagem. Para as pessoas dos vinte e uns abaixo os desejos são outros.

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As teorias econômicas e políticas até aqui desenvolvidas não deram conta de solucionar os velhos e eternos problemas das desigualdades e de cansaço envelheceram, veja os casos:

O comunismo surgiu do movimento socialista da Europa do século XIX. Com Karl Marx (1818-1883) e Friedrich Engels (1820-1895), fundadores do chamado “socialismo científico”.

O liberalismo começou a alcançar notoriedade ainda durante o Iluminismo, quando se tornou popular entre filósofos e economistas.  Estamos falando do século XVI e XVII. O liberalismo econômico veio de Adam Smith e François Quesnay no ainda século XVIII.

A socialdemocracia remonta à década de 1860, com a ascensão do primeiro grande partido operário da Europa, a Associação Geral dos Trabalhadores Alemães (ADAV), fundada por Ferdinand Lassalle. Ressurgiu no século XX no pré-grande guerra e foi influenciada pelo socialismo e a defesa do bem estar social.

O neoliberalismo surgiu na década de 30 do século passado. Tratava-se de uma doutrina econômica que emergiu entre acadêmicos liberais europeus e que tentava definir uma denominada “terceira via” capaz de resolver o conflito entre o liberalismo clássico e a economia planificada coletivista.

Nenhuma destas teorias quando colocada em prática destruiu a desigualdade social e econômica. Portanto, se você tem cinquenta anos ou mais vivenciou elas todas como sendo as grandes soluções, mas hoje já são passado e fracassadas. E não esqueça que os seus quase ou mais de 50 anos fazem com que você já tenha “mais passado que futuro para viver” (frase do jornalista Onofre Ribeiro), logo o futuro não é mais só seu.

Portanto, os modelos de governos que estão em vigência são para os que já viveram e não servem em nada para os que ainda vão viver. O conteúdo profissional e filosófico que as escolas ensinam são para empregar pessoas e o momento já é do trabalho, portanto, a cada dia que passa teremos menos emprego e mais trabalho.

Temos que parar de se digladiar pelo que passou e entender que momento é esse. Precisamos urgentemente entender o novo mundo para não morrer de exaustão de passado ou inanição de futuro!

*JOÃO EDISOM  DE SOUZA é Articulista, Professor de Ciências Política, Consultor Político, Gestor de Comunicação, Imagem e Crise, Comentarista político da rádio Jovem Pan – Jornal da Manhã.

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