A semana será decisiva para o futuro de Jesualdo Ferreira. A pressão sobre o técnico do Santos, que já crescia a cada dia, aumentou depois da derrota por 2 a 0 para o Ituano pelo Campeonato Paulista. Os sinais de insatisfação emanam de vários setores do clube – da diretoria ao Comitê de Gestão – e chegou ao presidente José Carlos Peres, que já sinalizou que tomará uma decisão em breve.
As reclamações não são apenas pelos resultados, mas pelo desempenho do time. Na derrota em Itu, o Santos foi dominado e durante quase todo o jogo, e não mostrou evolução em relação à rodada anterior (empate sem gols contra a Ferroviária), mesmo depois de uma semana livre de trabalho no CT Rei Pelé.
Antes da partida contra o Ituano, havia um entendimento interno de que Jesuado Ferreira poderia precisar de mais três jogos para mostrar seu trabalho, e que não haveria mudanças antes disso. Mas a fraca atuação no estádio Novelli Júnior pode abreviar esse prazo.
A avaliação da cúpula alvinegra é de que a equipe não consegue evoluir. Também não caiu bem o fato de a comissão técnica ter dado folga ao elenco durante o Carnaval. Depois da derrota para o Ituano, no último sábado, os jogadores voltam a treinar nesta terça-feira.
No próximo sábado, o Santos recebe o Palmeiras, no Pacaembu, no último teste antes da estreia na Copa Libertadores – que será contra o Defensa y Justicia, no dia 3 de março (terça-feira), na Argentina.
Agora, portanto, o Santos já não descarta demitir Jesualdo Ferreira antes mesmo do clássico contra o Palmeiras. Além de avaliar o trabalho do treinador, o Santos faz contas para tomar essa decisão. Segundo o GloboEsporte.com apurou, o contrato de Jesualdo e seus auxiliares garante que eles recebam 12 salários. Assim, se forem demitidos no segundo mês de trabalho, ainda terão 11 para receber – pelos cálculos do clube, cerca de R$ 8 milhões.
Independentemente de qual será a decisão tomada nesta semana, Jesualdo Ferreira vive seu primeiro momento de pressão desde que chegou à Vila Belmiro. (Globo Esporte)