O presidente da Comissão de Ética da Câmara de Cuiabá, vereador Toninho de Souza (PSD), decidiu registrar um boletim de ocorrência por ameaças de morte que teria recebido, após comandar o processo de cassação  o vereador Abílio Brunini Júnior (PSC), um dos líderes da oposição.

“Houve algumas incitações nas redes sociais do comitê da maldade dessa turma, e eu recebi algumas ameaças de morte pelas redes sociais. Eu procurei uma delegacia e registrei um Boletim de Ocorrência”, revelou  o parlamentar de Cuiabá, neste fim de semana pelas redes sociais.

Toninho de Souza argumentou que  o seu voto teria sido técnico e com base no relatório do vereador Ricardo Saad (PSDB), relator do caso. “Eu sou um, em 25 vereadores. Não sou eu que estou cassando o Abílio, mas sim estou fazendo meu papel como presidente da Comissão de Ética. E a Comissão de Ética só investiga o processo que chega até ela”, justificou o presidente da Comissão de Ética.

O vereador do PSD observou que tem sofrido ataques do que chamou de “comitê da maldade da turma deles”. “O vereador Abílio infelizmente usa de rancor, de difamação, de calúnia, esse é o comportamento dele. Muito estranho vindo de um rapaz cristão, que cresceu na igreja, o que prega a bíblia”, diz outro trecho do vídeo de Toninho, postado nas redes sociais.

Suplente de vereador Oséas Machado (PSC) pode assumir na Câmara

O relatório da Comissão de Ética foi apresentado na última quarta-feira (12), quando votaram pela cassação de Abílio Júnior – o Abilinho. O relator do processo, vereador Ricardo Saad (PSDB), baseou seu voto no vídeo em que Abílio fala da ameaça que teria recebido de vereadores e também no caso de uma suposta invasão ao Hospital São Benedito.

Todos os membros votaram com o relator que optou apontou quebra de decoro parlamentar do vereador. O caso será levado para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e depois será apreciado em plenário. Parlamentares de oposição alertaram que a comissão pode invalidar provas da Operação Sangria.

Suplência

A Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR)  possui prazo de 15 dias para emitir o parecer, assim como o vereador Abílio para fazer sua defesa, antes do processo ser encaminhado ao Plenário das Deliberações para ser julgado.

Se perder a cadeira no Palácio Pascoal Moreira  Cabral, quem assume sua vaga é o primeiro suplente de vereador Oséas Machado (PSC), atual diretor do Hospital São Benedito. Oséas Machado é autor da denúncia em que afirma que o vereador Abílio Júnior “abriu gavetas no Hospital São Benedito” e constrangeu funcionários.

Abílio Júnior – o Abilinho – está sendo julgado pela Câmara de Cuiabá por suposta quebra de decoro