Um dos principais velocistas da natação brasileira, Gabriel Santos poderá disputar vaga na Olimpíada de Tóquio, no Japão. Nesta sexta (14), a Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) absolveu o atleta do Esporte Clube Pinheiros de uma punição por doping recebida em julho do ano passado. Com isso, ele está liberado para participar da seletiva olímpica, realizada entre 20 e 25 de abril no Parque Aquático Maria Lenk (Rio de Janeiro).
Gabriel foi flagrado em um exame antidoping realizado em São Paulo há nove meses, fora de competição, a pedido da Federação Internacional de Natação (Fina, na sigla em inglês). O exame detectou presença de Clostebol, agente anabólico proibido pela Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês), mesma substância que, em 2003, ocasionou o doping de Maurren Maggi, saltadora campeã olímpica cinco anos depois em Pequim, na China.
A Fina, à ocasião, puniu o nadador com suspensão por um ano. Com isso, Gabriel perdeu não só o Mundial de Esportes Aquáticos de Gwangju (China), como também os Jogos Pan-Americanos de Lima (Peru), ambos no ano passado. O CAS, porém, entendeu que o brasileiro não teve culpa ou negligência pela contaminação. A justificativa do paulista foi que teria usado uma toalha ou peça de roupa de seu irmão, cujo creme pós-barba continha Clostebol.
Aos 23 anos, Gabriel tentará vaga na segunda Olimpíada da carreira, ele competiu no Rio de Janeiro, em 2016. Após os Jogos, ele foi medalhista de prata no Mundial de Budapeste (Hungria) em 2017 e de ouro no Pan-Pacífico de Tóquio, sempre no revezamento 4×100 metros estilo livre. Sem o nadador, o quarteto brasileiro ficou em sexto lugar no Mundial de 2019.