O sábado foi de esclarecimentos no Flamengo. Em entrevista gravada e publicada pela Fla TV, canal oficial do clube, o presidente Rodolfo Landim falou sobre o incêndio do Ninho do Urubu, que completa um ano no dia 8 de fevereiro e resultou na morte de 10 adolescentes.
Ao ser questionado sobre possíveis acordos com as famílias das vítimas, o dirigente disse estar aberto a negociações, mas garantiu que o clube não aumentará a oferta de indenização.
– O clube esteve sempre aberto a negociação, mas, depois de muito discutir internamente, nós estabelecemos um teto. Nós estamos dispostos a dentro desse teto discutirmos com as famílias, tentarmos adaptar a cada necessidade específica de família, uma forma de atendê-los dentro daquele teto estabelecido pelo clube.
Ao lado de Rodolfo Landim, também participaram o vice geral e jurídico do Flamengo, Rodrigo Dunshee, e o CEO do clube, Reinaldo Belotti. Eles responderam a perguntas feitas pela Fla TV. No vídeo, não houve identificação se os questionamentos partiram do clube ou de meios externos.
Dunshee acrescentou que o clube não entende ser justo aumentar o valor porque algumas famílias já aceitaram a oferta do Flamengo.
– Esse valor que nós oferecemos, três famílias e meia aceitaram. Não podemos tratar a tragédia de uma forma para uma família e de outra forma para outra família. O nosso valor oferecido, que nós consideramos satisfatório, e três famílias e meia também consideraram, é a nossa oferta. A gente tem um limite.
Rodolfo Landim afirmou que o ótimo resultado financeiro do clube em 2019 não tem qualquer relação com a negociação com os familiares das vítimas do incêndio.
– Se o clube tivesse tido um resultado esportivo ruim, um resultado financeiro ruim e tivesse dado prejuízo, por acaso o clube não teria mais responsabilidade para pagar essas famílias? Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa, totalmente diferente. É importante dissociar as coisas. O Flamengo tem responsabilidade sobre a indenização dessas famílias, e ela será estabelecida em cima de critérios que a gente está avaliando para esse caso específico.
Até agora, o clube fez acordo com os parentes de Vitor Isaías, Athila Paixão e Gedson Santos, além do pai de Rykelmo Viana. Falta entrar em acordo com a mãe de Rykelmo – que já entrou na Justiça contra o clube – e com as famílias de Christian Esmério, Bernardo Pisetta, Arthur Vinícius, Pablo Henrique, Jorge Eduardo e Samuel Rosa.
Veja todas as perguntas e as respostas do vídeo publicado pela Fla TV.
Fla TV: Esse assunto já está superado?
Rodolfo Landim – Essa foi, certamente, a maior tragédia da história do Flamengo. A gente vai ainda conviver com isso por muito tempo na nossa memória. Acho que todos aqueles que trabalham aqui, até em nível mais elevado, os torcedores… Certamente que, por mais que isso vá com o tempo sendo curado, vão ficar as cicatrizes.
Rodrigo Dunshee – As lembranças daquele dia trágico ainda estão frescas na nossa memória. As coisas ainda estão caminhando no sentido de que a gente possa, de alguma forma, virar essa página triste, mas logicamente sem esquecer da tragédia. Fica sempre a cicatriz, como foi dito aqui.
Reinaldo Belotti – Esse foi um acidente que marcou muito toda a comunidade do Flamengo. E nós fomos extremamente afetados por viver de perto essa tragédia. Aos poucos, estamos superando. Estamos trabalhando para amenizar todos os efeitos desse acidente. Mas fica a memória. Está cicatrizando e sempre presente. Trabalhamos no sentido de que a gente consiga amenizar tudo o que aconteceu.
Fla TV: O Flamengo conseguiu na Justiça o alvará do Ninho do Urubu. Todas as questões levantadas pelo Ministério Público e pelos órgãos de fiscalização foram atendidas?
Rodrigo Dunshee – A gente tinha duas vertentes principais nessa questão: documentação e envolvendo a Vara da Infância e do Adolescente. Na questão de documentação, envolvia Corpo de Bombeiros e Prefeitura. Elas foram sanadas. O Flamengo tem o alvará e toda a documentação OK hoje em dia. Com relação à Vara da Infância e do Adolescente, fizemos com o MP um TAC (termo de ajustamento de conduta) prevendo medidas de segurança, educação, saúde e acompanhamento psicológico. Basicamente tudo o que o Flamengo já tinha, com algum aprimoramento sugerido pelo MP. Esse TAC tem acompanhamento anual, mas pode ser inferior. Isso será perene. Por trabalhar com menores de 18 anos, o Flamengo sempre terá um acompanhamento. Como tinha. Mas foi importante ter esse procedimento padrão para saber todo o necessário. O juiz homologou e está tudo certo.
Reinaldo Belotti – Nós não conseguimos o alvará na Justiça. Conseguimos o alvará seguindo todos os procedimentos necessários para ter o alvará. Além do alvará, conseguimos o habite-se. Hoje, o Ninho tem o alvará e o habite-se dando pelos órgãos competentes seguindo tudo o que era necessário. Tivemos aqui muito mais do que MP e prefeitura fazendo verificações internas. Por exemplo, a Vigilância Sanitária esteve aqui, e nós passamos com louvor, sem nenhum tipo de observação. Então, como o Rodrigo disse, o TAC está sendo totalmente cumprido. Apesar de ter uma inspeção ou semestral ou anula, depende do que o MP quer, mensalmente a gente faz essa verificação interna de modo que a gente garanta que tudo esteja sendo cumprido.
Rodolfo Landim – Nesse aspecto, de segurança, a gente fez uma reestruturação dentro do clube focando na segurança, colocando profissionais para cuidar disso e, na verdade, a revisão foi feita nos procedimentos de trabalho. Em todas as pessoas que trabalham não só aqui, mas também na Gávea, onde nós conseguimos também novas licenças que o clube nunca tinha obtido para vigorar a partir de agora.
Landim, Dunshee e Belotti falam com a Fla TV — Foto: Reprodução
Fla TV: O Flamengo abriu alguma investigação interna para apurar as causas do incêndio e identificar os responsáveis? Se não abriu, por quê?
Rodrigo Dunshee – Normalmente, no Flamengo, a gente abre esse tipo de investigação para pequenas infrações ocorridas e previstas no estatuto. Essa situação não é pequena, é enorme e importante que está sendo vista pela polícia. Pelas autoridades e pela Justiça. No dia em que eles concluírem, apontarem as causas e eventuais culpados, aí o Flamengo se manifestará internamente. Não seria correto a gente intervir em uma questão que está nas mãos das autoridades.
Reinaldo Belotti – Apesar do Flamengo não ter aberto nenhum tipo de inquérito interno, nós usamos essa tragédia para reanalisar procedimentos, melhorar a nossa atuação em casos desse tipo. Mudamos toda a nossa estrutura de acompanhamento de assuntos relacionados a saúde, meio ambiente e segurança operacional e reavaliamos procedimentos e os melhoramos.
Fla TV: O Flamengo afastou alguém que tenha prestado depoimento ou tenha sido questionado sobre o incêndio?
Rodolfo Landim – De forma nenhuma. Não por isso. Pelo contrário. Encaramos o acidente como oportunidade de melhoraria. Então, a gente queria identifcar as causas para eliminá-las para que isso nunca mais pudesse acontecer. Esse sempre foi a nossa grande preocupação.
Fla TV: O inquérito ainda não foi concluído. Isso incomoda? Cobram agilidade nas investigações?
Rodrigo Dunshee – Essa pergunta precisa ser esclarecida. Inicialmente, a autoridade policial atuou, me parece, com muita celeridade. Foi encaminhado ao MP, que solicitou nos esclarecimentos. Ou seja, voltou para a autoridade policial para que algumas dúvidas do MP fossem esclarecidas. É comum isso acontecer. Então, não é que esteja demorando. Eles estão se esforçando para chegar a alguma conclusão e, por vezes, o MP consulta a polícia sobre novas perguntas. A gente acha que está chegando ao fim e a gente não cobra nada pois sabe que está sendo feito com zelo e atenção.
Fla TV: O que mudou na estrutura do Flamengo depois desse acidente? Hoje o CT é totalmente seguro? Há mais vistorias hoje do que havia antes?
Reinaldo Belotti – Aqui no nosso centro de treinamento nós criamos uma diretoria responsável pelo CT, um responsável único, que responde a todas as questões administrativas: segurança, meio ambiente… No Flamengo como um todo nós demos ênfase a uma estrutura que abrange as questões relativas a saúde ocupacional, meio ambiente e segurança. Essa área é responsável por todas as atividades do Flamengo, seja na Gávea, no Ninho, em trajetos ou no Maracanã. Então, respondendo claramente à sua pergunta, melhorou, sim, e muito a gestão do Ninho do Urubu.
Fla TV: Vocês vão fazer alguma homenagem aos garotos que faleceram?
Fla TV: Vocês fizeram quatro acordos pontuais. Como andam os outros seis acordos?
Rodrigo Dunshee – Nós fizemos quatro acordos, mas além disso fizemos outros 20 acordos com os sobreviventes e com os que se lesionaram. O Flamengo desde o acidente espontaneamente começou a pagar R$ 5 mil para cada família, para que essas famílias pudessem ter tranquilidade de negociar um acordo com o Flamengo sem ter necessidade emergencial de caixa. Os garotos em média recebiam R$ 800 por mês, e o Flamengo pagou mais de seis vezes, espontaneamente, o que pagava aos meninos. O Flamengo o tempo inteiro se colocou à disposição das famílias. No quesito acordo, o Flamengo, depois de muita conversa, chegou a um valor que entendemos ser muito alto e muito acima dos precedentes da Justiça brasileira. Esse valor não levou em consideração quesitos como a estatística de que esses meninos dificilmente percentualmente chegariam a ser titulares do Flamengo. Esse valor que nós oferecemos, três famílias e meia aceitaram. Não podemos tratar a tragédia de uma forma para uma família e de outra forma para outra família. No nosso valor oferecido, que nós consideramos satisfatório, e três famílias e meia também consideraram, é a nossa oferta. A gente tem um limite, a gente tem tentado pegar esse valor e transformar de uma forma que atenda às famílias restantes. O Flamengo está aberto a negociação, as famílias também parecem estar, porque só meia família entrou na Justiça, a mãe do Rykelmo entrou na Justiça carioca pedindo uma indenização. O pai fez acordo com o Flamengo, a mãe entrou na Justiça. São separados, ele entendeu que o valor que o Flamengo oferecia era capaz de resolver a situação para ele, ele recebeu, e ela foi à Justiça. É um direito individual de cada um. Ele tem a dor dele, ela tem a dor dela. Cada um vai resolver de um jeito diferente. Normalmente a gente tem negociado com a família inteira, mas podemos separar também. Estamos tentando continuar conversando com as outras famílias, nós temos contato com os advogados das famílias, estamos otimistas que isso possa resultar num acordo.
Fla TV: O Flamengo inicialmente tinha oferecido R$ 5 mil às famílias, mas a Justiça exigiu que fossem pagos R$ 10 mil. Que critérios o Flamengo utilizou para chegar ao valor considerado justo para cada família?
Rodrigo Dunshee – Esse conceito de justiça é muito relativo. Existem técnicas jurídicas, e o Flamengo não está utilizando isso. O Flamengo simplesmente fez a disponibilização de um valor inicial de R$ 5 mil, que era seis vezes acima do que as famílias recebiam através dos meninos. Depois o MP e a Defensoria entraram na Justiça pedindo uma penhora de R$ 57 milhões do Flamengo, e o juiz entendeu que melhor do que essa penhora seria dar R$ 10 mil. O juiz dobrou o valor que o Flamengo estava dando espontaneamente, e essa decisão está valendo. O Flamengo está depositando para as famílias R$ 10 mil por mês.
Fla TV: Existe alguma possibilidade de o Flamengo repensar esses valores? O clube está aberto a negociação?
Rodolfo Landim – Clube esteve sempre aberto a negociação, mas, como já foi bem explicado, depois de muito discutir internamente, nós estabelecemos um teto. Nós estamos dispostos a dentro desse teto discutirmos com as famílias, tentarmos adaptar a cada necessidade específica de família, uma forma de atendê-los dentro daquele teto estabelecido pelo clube.
Rodrigo Dunshee – Como advogado do Flamengo nesse assunto, eu tenho uma dificuldade: cada família que eu vá falar, eu tenho que pedir autorização ao advogado dela para poder falar. Eu tive contato com algumas pessoas e sempre foi difícil, porque tem um impasse e uma mágoa. As pessoas perderam seus filhos. Eu posso falar, por exemplo, que eu liguei para a mãe do Samuel. Ela tinha acabado de perder o filho e logo depois perdeu a mãe. Eu fui conversar com ela, eu pensei: “Eu, como advogado do Flamengo, o que posso fazer para minorar a dor da mãe do Samuel que perdeu a mãe e o filho?”. Cada um tem a sua experiência de contato, mas acho que a questão vai ser facilitada depois que nós fizermos todos os acordos.
Reinaldo Belotti – É difícil dizer quem do Flamengo está conversando com qual família, mas a convivência desses adolescentes aqui no Ninho criou amizades muito intensas. Então a gente tem notícias de pessoas aqui conversando com os familiares, e o que posso garantir é que nossa área de Recursos Humanos, que é a responsável institucional por esse tipo de relacionamento, tem recebido frequentes contatos dos familiares e tem retribuído de uma maneira muito amistosa.
Fla TV: Existe um prazo para finalizar esses acordos que faltam?
Rodolfo Landim – Impossível dizer (dar prazo para acordo). A gente pode dizer que está aberto para que esses acordos venham a ocorrer. A gente tem demonstrado isso ao longo do tempo, na medida em que, toda vez que a gente consegue equacionar dentro daqueles valores que eu falei, a gente tem tido acordos. Então é muito difícil, porque isso depende não só do Flamengo. Depende das famílias e do tempo delas. Muito difícil estabelecer um prazo. A gente vai estar sempre aberto para fazer esse tipo de acordo.
Rodrigo Dunshee – O Ministério Público e a Defensoria não têm representação das famílias, as famílias têm seus advogados regularmente constituídos, apenas a mãe do Samuel é representada pela Defensoria Pública. Ela não tem poder de negociar acordo com o Flamengo. O Flamengo não reconhece nessas entidades a capacidade de representar as famílias, até porque ela não existe. Não obstante, existem processos judiciais feitos pelo MP e pela Defensoria tentando responsabilizar o Flamengo, mas esses processos não têm o condão de desfazer os acordos que foram feitos.
Fla TV: Alguns familiares consideram que o clube tenta diminuir o futuro que os atletas teriam como uma forma de diminuir o valor das indenizações. Como os senhores tratam essa percepção e aquilo que eles chamam de desprezo por parte do Flamengo?
Rodolfo Landim – A pergunta parte de uma premissa falsa, como se o Flamengo tivesse desprezo, é exatamente o contrário, e que estivesse diminuindo o futuro das vítimas. O que o Flamengo tenta fazer, através de um processo educacional de trazer esse jovem para cá, dar educação esportiva, alimentação e orientação, é criar um futuro para esses jovens, não diminuir o futuro deles. Muitos desses jovens, a gente acredita, que não teriam um futuro tão bom como eles vão passar a poder ter depois de terem passado por aqui. Independente de, no futuro, terem conseguido se tornar profissionais ou não. Mas só a base que o Flamengo acabou oferecendo para esses jovens, eu tenho certeza de que, sendo ou não no futuro atletas, eles vão sair daqui com um futuro muito melhor do que eles teriam se não tivessem vindo para cá.
Fla TV: O Flamengo dá suporte psicológico e social às famílias, aos sobreviventes e aos funcionários que vivenciaram a tragédia?
Reinaldo Belotti – Dessa comunidade que você citou, todos aqueles que julgam necessário ter, o Flamengo dá. Além disso, identificamos alguns que não julgaram necessário, mas que as nossas análise mostraram, então, o Flamengo tenta fazer com que eles participem dessas sessões.
Rodrigo Dunshee – Tanto a estatística não foi utilizada na formulação das nossas propostas que elas foram aceitas por três famílias e meia que tiveram entes falecidos. E todos os sobreviventes. O Flamengo tem enorme consideração pelos seus atletas e pelas famílias deles e tem feito o melhor possível para que isso se resolva de uma forma justa.
Fla TV: O Flamengo tem sido questionado por ter lucrado muito na temporada passada e com negociações bem-sucedidas, como é o caso da venda do Reinier para o Real Madrid, o que poderia aumentar a oferta para as famílias e os sobreviventes. Qual é o posicionamento de vocês sobre esse argumento?
Fla TV: Alguns familiares se sentem perseguidos nas redes sociais por cobrarem o clube pelo que entendem ser justo. Parte dos torcedores entende que esses familiares querem usar o Flamengo e a tragédia para enriquecer. O que você pode falar sobre isso?
Rodolfo Landim – É muito difícil controlar mídia social, o que é dito e o que é escrito, a gente não tem como controlar isso. Particularmente, acho que todas as pessoas têm o direito de pleitear aquilo que elas quiserem. Em última análise, elas podem ir à Justiça se entenderem que aquilo que é justo não está sendo atendido. Eu penso assim. Mas eu não controlo a mídia.
Fla TV: Qual foi o critério usado para dispensar alguns atletas sobreviventes?
Rodolfo Landim – Esse critério foi pura e simplesmente técnico. Da área técnica do clube, na qual eu não vou intervir. Não é o meu papel. Acho que eles estão livres a partir desse momento para procurar outros clubes para jogar. A gente espera que eles tenham sucesso na vida profissional, se eles resolverem seguir a carreira. Ou então que busquem outra atividade. A gente entende que, ao sair daqui, eles estão muito mais preparados para a vida do que quando eles chegaram aqui.
Rodrigo Dunshee – Eu tenho notado que essa é uma indagação que incomoda o torcedor rubro-negro. Mas isso é mais uma mentira. É uma picuinha de adversários ou de parte da mídia. O Flamengo fez uma oferta de pagamento altíssima. E essa oferta está à disposição de quem queira fazer o acordo. Não há nenhuma ordem judicial para que o Flamengo pague nenhum valor nesse momento. O único valor que o Flamengo tem que pagar são os R$ 10 mil por mês, e estamos pagando. Então, algumas pessoas olham a questão sob o aspecto do copo vazio. Quando se tem de olhar o comportamento do Flamengo nesses 11 meses por outro ângulo. O Flamengo se colocou totalmente à disposição das famílias, o Flamengo ofereceu valores bem altos comparados ao que se paga no Brasil, o Flamengo está à disposição para fazer esses pagamentos no dia seguinte que as famílias quiserem, o Flamengo não está se recusando a fazer os acordos. Então, a torcida tem de ter consciência de que o Flamengo não está se furtando da sua responsabilidade.
A TRAGÉDIA
Um incêndio de grandes proporções atingiu o Ninho do Urubu, centro de treinamento do Flamengo em Vargem Grande, Zona Oeste do Rio de Janeiro, na madrugada do dia 8 de fevereiro de 2019. O Corpo de Bombeiros foi chamado às 5h17 e informou que 10 pessoas morreram, todos jogadores da base do clube entre 14 e 16 anos. Três jovens entre 14 e 15 anos também ficaram feridos. (Globo Esporte)