A Olimpíada do Japão está chegando. Faltam apenas seis meses para os Jogos e, mesmo sabendo que muita coisa pode mudar até lá, já dá para ter uma noção de como ficará o quadro de medalhas. Baseado nas conquistas de cada país no ciclo e do histórico de melhora (ou piora) de cada nação quando disputa os Jogos Olímpicos, podemos chegar em:
Briga pela liderança: EUA e China (EUA favoritos)
Briga pela terceira posição: Rússia, Grã Bretanha e Japão
Briga pelo sexto lugar: França, Alemanha e Austrália
Briga pelo nono lugar: Holanda, Itália, Hungria e Coreia do Sul
Briga pelo 13º lugar: Brasil, Canadá, Espanha, Ucrânia e Nova Zelândia
Uma pontuação importante a fazer é que, nesta projeção, estamos contando com a participação da Rússia na Olimpíada, algo que está nos tribunais esportivos por conta de um escândalo de doping. As projeções são do jornalista Guilherme Costa, especialista em Olimpíadas.
Briga pela liderança
Caeleb Dressel na final dos 100m borboleta — Foto: Reuters
Estados Unidos e China devem brigar pela liderança do quadro de medalhas. Os americanos, que venceram cinco das últimas seis Olimpíadas, devem conquistar entre 40 e 45 ouros, e são favoritos a terminar na primeira posição. Mas a China, empurrada por modalidades em que tem hegemonia total como tênis de mesa e saltos ornamentais, pode encostar.
Briga para ser terceiro colocado
Rússia — Foto: Getty Images
A Rússia, se for para Tóquio completa, é a favorita para ficar em terceiro, principalmente pela força em modalidades como luta olímpica e boxe. A Grã Bretanha não fez um bom ciclo, com resultados não tão constantes nos Campeonatos Mundiais, mas ainda deve se manter no top 4.
Em casa, o Japão prevê conquistar 30 medalhas de ouro. Acho que número um pouco otimista, imagino cerca de 22 títulos, e brigando para entrar no top 4.
Briga pelo sexto lugar
Isaquias Queiroz, Sebastian Brendel, canoagem — Foto: Getty Images
A Alemanha é a favorita neste duelo pela sexta posição no quadro contra Itália e Austrália. Entre os três países, é o país que aparece com mais chances de medalha.
A Austrália depende muito do resultado na natação. O país é a segunda maior potência na modalidade, atrás só dos EUA, mas se os atletas não estiverem tão bem o país desaba no quadro. Foi o que aconteceu na Rio 2016.
A França briga por fora por essa sexta posição, mas com a queda de rendimento no boxe (com relação ao último ciclo) talvez tenha que se contentar mesmo com o oitavo lugar.
Briga pelo nono lugar
Holanda — Foto: Reuters
A Holanda teve um 2019 espetacular, conquistou 15 títulos mundiais nas mais variadas modalidades, é a favorita para ficar neste nono lugar.
Por outro lado, a Coreia do Sul não foi bem em 2019, modalidades como tiro com arco e taekwondo, na qual é a maior potência mundial, não conseguiu bons resultados. Mas tem tudo para se recuperar em Tóquio.
A Itália tem uma regularidade incrível sempre. Nas últimas três Olimpíadas, conquistou 27, 27 e 28 medalhas. Corre por fora na briga pela nona posição, mas acho que fica no top 10.
A Hungria depende de poucos esportes se compararmos com os três adversários. Canoagem e natação são os carros chefes. É um país que tradicionalmente tem uma força feminina maior que a masculina e leva proporcionalmente mais ouros do que medalhas de outros metais.
Briga pela 13ª posição – A briga do Brasil
Pâmela Rosa na final do Mundial de skate street — Foto: REUTERS/Amanda Perobelli
Na última Olimpíada, em casa, o Brasil ficou em 13º lugar e acho que é por essa posição que a delegação briga para Tóquio 2020.
Brasil, Espanha e Canadá tem “estilos” parecidos no esporte olímpico. Conquistam medalhas em muitos esportes, geralmente mais bronzes do que ouros e com mais destaque em provas por equipes do que individuais.
Nova Zelândia chegará a Tóquio com mais chances de ouro, mas menos possibilidades de pódios que o Brasil. Ucrânia e Polônia brigam por fora por essa 13ª posição.
Guilherme Costa Brasil em Tóquio blog — Foto: Reprodução
(Globo Esporte)