O Governo de Mato Grosso investiu R$2,8 milhões em toda a Temporada de Incêndios Florestais de 2019. O período abrange as três fases que incluem planejamento, prevenção e preparação – que ocorrem antes do período da seca –, as ações de combate ao fogo e responsabilização durante os eventos e a última fase de responsabilização e avaliação.
De acordo com os dados compilados pelo Comitê Estadual de Gestão do Fogo (CEGF), os valores foram investidos por meio de diversas fontes, sendo R$1,3 milhão aplicado pelo Corpo de Bombeiro Militar de Mato Grosso (CBM-MT), R$ 924 mil pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) e R$ 350 mil investidos por outras forças de segurança vinculadas à Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT).
As prefeituras municipais investiram cerca de R$ 250 mil para combate aos incêndios. Já a iniciativa privada investiu cerca de meio milhão de reais no combate aos incêndios florestais.
“Este ano, tivemos uma seca muito mais severa do que em anos anteriores e mesmo diante de do cenário mantivemos os mesmos índices de focos de calor observados em 2017. O resultado é fruto de um trabalho árduo e da integração entre os diversos órgãos do Estado”, explica a secretária de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, ressaltando que em 2018 as chuvas tiveram início mais cedo, tornando a seca menos intensa.
Em números absolutos, Mato Grosso registrou 30.908 focos de calor em 2019. 18.302 em 2018 e 30.911 em 2017.
Durante todo o período proibitivo foi ativado o Centro Integrado Multiagências de Coordenação Operacional (Ciman), que atua para fortalecer as ações de monitoramento, prevenção, preparação e resposta rápida aos incêndios florestais, de forma integrada com os diversos níveis de Governo.
Para dar celeridade e assertividade nas respostas aos incêndios florestais, foram instaladas salas de monitoramento descentralizadas nos comandos regionais do Corpo de Bombeiros Militar de Cuiabá, Sinop, Barra do Garças, Cáceres e Tangará da Serra. As ações de resposta aos incêndios foram conduzidas pelas Unidades Operacionais Bombeiro Militar que se encontram instaladas em 22 municípios de Mato Grosso.
Além disso, a Temporada de 2019 também contou com o apoio de nove Brigadas Municipais Mistas (BMM) e oito Bases Descentralizadas Bombeiro Militar (BDBM). Formada por dois bombeiros militares e seis brigadistas contratados exclusivamente ou cedidos pelas Prefeituras, as BMM atuaram em palestras, combates e monitoramento dos focos de calor em Diamantino, Aripuanã, Comodoro, Jauru, Canarana, Marcelândia, Cláudia, Nova Mutum e Sinop. Já as BDBM foram instaladas em Chapada dos Guimarães, Santo Antônio de Leverger, Nobres, Nova Ubiratã, Novo Santo Antônio, Vila Bela da Santíssima Trindade, Poconé e Alto Paraguai.
Combate à cultura do fogo ilegal
As operações “Abafa” realizadas nas regiões da Amazônia e do Araguaia resultaram em mais de R$ 70 milhões de multas aplicadas por crimes contra a flora. Nos pontos fiscalizados, foram identificados 80.652 hectares de área em que o fogo foi utilizado ilegalmente durante o período proibitivo que em 2019 teve início em 15 de julho e encerrou em 28 de outubro.
Ente ano, foram realizadas duas operações na região amazônica e uma no Araguaia. As equipes integradas foram formadas por representantes da Sema, Batalhão de Polícia Militar de Proteção Ambiental (BPMPA), Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) e Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).
“Todos esses órgãos trabalham de forma integrada para prevenir e combater os incêndios florestais e queimadas controladas ilegais em municípios previamente selecionados, responsabilizar os autores dos desmatamentos ilegais associados ou não a queimas controladas ilegais e garantir o estado de tranquilidade pública nos municípios contemplados pela operação”, avalia o coordenador-geral adjunto do Comitê Integrado Multiagências de Coordenação Operacional (Ciman), coronel BM Dércio Santos da Silva.