Goiás e Flamengo não chegaram a um acordo na primeira reunião que discutiu a possível venda de Michael, na manhã desta quarta-feira, em um hotel no Rio de janeiro. Questões financeiras envolvendo o Goianésia, ex-clube do atacante e o empresário Eduardo Maluf, agente do jogador, foram o principal entrave na negociação.
A conversa entre os clubes, porém, não está encerrada. De acordo com Edminho Pinheiro, responsável por representar o Goiás na tratativa, as duas partes podem voltar a se reunir, desde que o Flamengo sinalize que aceita as condições esmeraldinas, disse ele à Rádio Sagres.
– Encerramos o primeiro tempo sem acordo. O pessoal do Flamengo foi para o vestiário e nós também – resumiu o dirigente.
Edminho revelou que a proposta do Flamengo, de cerca de 7,5 milhões de euros, não contempla os 5% dos direitos econômicos de Michael que pertencem ao Goianésia. Desta forma, o Goiás, que possui 75%, não aceita a oferta e exige 8 milhões de euros. Segundo ele, Maluf teria repassado informações diferentes à diretoria rubro-negra, que também recuou diante desse cenário. Novo encontro não está descartado.
– O empecilho talvez tenha sido criado pelo empresário. Ele simplesmente quis mudar o percentual do Goianésia. Quis falar em nome do Goiás, mas ninguém fala. Eu, autorizado a representar o Goiás, já passei ao Flamengo o que queremos. O empresário falou outro valor.
Alvo de vários clubes desde o fim do Brasileirão, Michael vive a primeira chance de realmente ser vendido. Até então, o Goiás não havia avançado em nenhuma negociação pelo jogador de 23 anos, eleito a revelação da Série A em 2019. Ele tem contrato até o fim de 2021.
Ainda em dezembro, o Goiás recebeu proposta de 5 milhões de euros do Corinthians por 50% dos direitos econômicos de Michael, mas recusou. Pouco depois o Palmeiras entrou no circuito, buscou informações sobre o atacante com o presidente Marcelo Almeida, mas não chegou a formalizar uma oferta. Nesta quarta, o Alvinegro desistiu do atleta.