Ramba – penúltima elefanta a desembarcar no Santuário de Elefantes, em Chapada dos Guimarães, a 65 km de Cuiabá -, morreu na última quinta-feira (26), segundo anúncio feito pelo Santuário, nesta sexta-feira (27). Ela era a última elefanta de circo do Chile. Tinha cerca de 56 anos e pesava seis toneladas.
O post publicado na página do Instagram diz que Ramba foi diagnosticada com doença renal há sete anos, quando ainda estava no Chile.
“Nossa vovó teimosa, linda e maior que a própria vida, não tinha mais forças para lutar contra seus problemas renais. Tínhamos muita esperança que ela conseguisse viver por mais um ano, no mínimo”, afirma.
Ramba foi resgatada de um circo no Chile, onde sofria maus-tratos. Ela chegou no Santuário no dia 18 de outubro depois de viajar 3.600 km.
Segundo a mensagem, na manhã de quinta-feira, Rana e Maia, outras elefantas que vivem no local, estavam no galpão sem Ramba.
“Isso acontecia sempre, Ramba gostava de explorar mais que Rana e, ocasionalmente, retornava à pastagem para um bom banho de lama pela manhã, enquanto Rana ficava próxima ao galpão antecipando o horário do café da manhã. Saímos para encontrá-la e a descobrimos em um dos seus lugares favoritos, o recinto número 4, além do riacho. Ela parecia estar dormindo”, diz.
A morte, de acordo com o Santuário, deve ter sido repentina, pois a grama ao redor estava intocada.
A história de Ramba
Ramba passou 40 anos servindo a circos do Chile e sendo forçada a obedecer e participar de ‘espetáculos’.
No circo, ela chegou a ser alimentada com ração de cachorro.
Este é o primeiro caso de resgate internacional de elefante de cativeiro mediante denúncia de maus-tratos que o Brasil recebe.