“Jogaram como nunca. Perderam como sempre”. A frase que se aplica com exatidão a poucos como aos mexicanos serve para definir o Monterrey contra o Liverpool. A forma como os Rayados enfrentaram e castigaram, o campeão da Europa, no entanto, deixa ensinamentos importantes para um Flamengo que, acima de tudo, não pode se iludir.

O próprio Al Hilal já foi um exemplo claro do quanto um time é capaz de melhorar quando exigido em um outro nível de competitividade. Vale também para os ingleses na reedição da final de 1981, no próximo sábado, às 13h30 (horário de MT), no Khalifa Stadium, em Doha, no Catar.

Antes de apontar fragilidades apresentadas contra os mexicanos, é fundamental pontuar que o Liverpool que enfrentará o Flamengo será outro. Será mais forte, mais intenso, mais perigoso.

Na semifinal, o equilíbrio se deu muito pelos poupados e lesionados. Quando lançaram Arnold, Mané e Firmino, os Reds não precisaram de tanto tempo para o gol que decretou a vitória. Ou seja, acreditar que o Liverpool é “só isso” seria cair na armadilha.

Observado por Salah, Firmino comemora o gol da vitória do Liverpool sobre o Monterrey — Foto: REUTERS/Kai Pfaffenbach

Observado por Salah, Firmino comemora o gol da vitória do Liverpool sobre o Monterrey — Foto: REUTERS/Kai Pfaffenbach

E foi justamente por entender que os ingleses são “isso tudo” que o Monterrey assustou. O campeão da Concacaf jogou todo atrás da linha da bola, encurtando os espaços em seu campo defensivo, dobrando a marcação e (sempre bom reforçar) contando com um Barovero inspirado.

Quando se tem pela frente equipes tão poderosas, invariavelmente o goleiro tem que operar milagres. E as chances de título passam muito por Diego Alves.

A sintonia fina entre Willian Arão e Gerson na cabeça da área é algo que precisa ser ajustado. Por ali, Keita fez um gol e infiltrou muitas outras vezes para ser o jogador mais perigoso do time de Klopp.

Em termos ofensivos, faltou pontaria ao Monterrey, mas sobrou espaço. Muito fruto do imediatismo com que os zagueiros e volantes mexicanos tomavam decisão. Bastava desarmar para logo ligar o ataque com bolas longas.

Pabón nas costas de Robertson foi quase sempre a melhor opção. O colombiano obrigou Alisson a operar um milagre em cruzamento rasteiro e assustou em chutes de longa distância (outra arma mexicana que funcionou bem).

Alisson trabalhou na vitória do Liverpool sobre o Monterrey — Foto: REUTERS/Corinna Kern

Alisson trabalhou na vitória do Liverpool sobre o Monterrey — Foto: REUTERS/Corinna Kern

  1. não pode perder tantas chances.
  2. nunca se empolgar demais com o campeão da Europa.

As cartas estão na mesa.  (Globo Esporte)