A comitiva, organizada pela Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), levou ao presidente um documento contendo os principais tópicos da agenda para o desenvolvimento industrial de Mato Grosso que dependem do Governo Federal.
As demandas incluídas na agenda estão relacionadas à solução dos gargalos históricos do desenvolvimento industrial de Mato Grosso: logística de transportes, carga tributária, infraestrutura, custo da energia e segurança jurídica. Nesse cenário, a Fiemt destaca:
1- Acelerar o programa de concessões e privatizações, com destaque para a Ferrogrão, que ligará Sinop a Miritituba (PA).
2- Ampliar os acordos bilaterais, ampliando os mercados para produtos industrializados a partir de nossas commodities, como os biocombustiveis, carnes, couro, tecidos etc), visando aumentar o valor agregado bruto à produção.
3- Apoiar os governos estaduais com recursos para melhoria da infraestrutura logística, notadamente projetos integradores da Região Centro Oeste com a América Latina e com os portos brasileiros.
4- Ampliar incentivos tributários e de fomento à instalação e ampliação de novas atividades industriais no Centro Oeste, Norte e Nordeste, tendo especial atenção nos efeitos que a Reforma Tributária proposta trará aos programas de incentivos nestes estados.
O presidente da Fiemt, Gustavo Oliveira, ressalta ainda a importância da desburocratização, da recuperação da confiança do empresário e do combate à corrupção. “A queda das taxas de juros é fundamental, e o controle das contas públicas, vital”, ressalta.
Além de Gustavo de Oliveira, fizeram parte da comitiva os vice-presidentes da Fiemt Silvio Rangel, Claudio Ottaiano, Ailton Ferreira da Silva, Sérgio Antunes, Rafael Mason, Carlos Avalone e Frank Rogieri, além dos diretores Jandir Milan, Alexandre Furlan, Luiz Gonzaga Ferreira Pinto e do industrial Marinaldo Santos.
Retomada da industrialização
Um dos apontamentos mais importante para o presidente da Fiemt é a interrupção de uma série histórica de indicadores que demonstravam a desindustrialização do país. Ele reforçou a fala do secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa, mostrando que esse processo vem desde a década de 1980, mas que foi muito intenso nos últimos cinco anos.
“Todas as sinalizações que foram apresentadas como indicadores do efeito da nova agenda de país, que foi implantada desde o começo do ano, estão contribuindo. Agora é necessário, realmente, que a economia retome o crescimento e que tenhamos menos ociosidade na indústria para poder retomar os investimentos e gerar mais emprego”, pontua Gustavo.
Ele destaca também a preocupação com a geração mais jovem, que chegou ao mercado de trabalho já saturado de mão de obra e, com a recessão, enfrentou uma redução nas vagas disponíveis. “Vamos priorizar a retomada do emprego, mas com foco e carinho especial para a inserção dessas pessoas ao mercado de trabalho” afirma.
Sobre a ida da delegação de Mato Grosso a Brasília, ele comenta que foi importante para demonstrar o apoio do setor não ao governo em si, mas à agenda do governo. De acordo com ele, “está sendo resgatado o orgulho de poder empreender no Brasil, tanto para grande como microempresários, e isso gera valor para nossa economia”.
Sobre a comenda
O Colar do Mérito Industrial é a mais alta condecoração concedida pela CNI e representa o reconhecimento da indústria brasileira ao esforço que o governo Bolsonaro tem feito no avanço de pautas fundamentais para tornar o Brasil mais moderno e competitivo.
Durante a cerimônia, o presidente da CNI, Robson Braga, apresentou os grandes números e o ecossistema de inovação e educação do Sesi e do Senai, destacou a importância da indústria para o desenvolvimento e o crescimento do Brasil e pontuou os principais projetos do governo Bolsonaro apoiados pela indústria.
Também apresentou os resultados de duas pesquisas realizadas com empresários de avaliação sobre o governo Bolsonaro que demonstram a satisfação e a confiança do empresariado em relação ao atual governo. De acordo com a sondagem especial da CNI, 0% dos empresários consideram o governo Bolsonaro ótimo ou bom, enquanto 75% reconhecem que as ações e política do governo contribuíram para melhoria da economia.
Cinco membros da Diretoria Plena da CNI, representando as cinco regiões brasileiras, destacaram o que há de melhor em suas regiões e a contribuição de cada uma para o desenvolvimento do país.
ACORDOS ASSINADOS COM SESI E SENAI
Os Ministros da Cidadania, Osmar Terra, e da Economia, Paulo Guedes, junto com o Secretário Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa, assinaram dois acordos de cooperação técnica com o Sesi e o Senai:
1- Acordo de Cooperação Técnica entre o Ministério da Economia e Senai
Prevê a oferta de 1,32 milhão de matrículas em cursos de educação profissional direcionados às demandas das empresas industriais participantes do programa Emprega+ e o atendimento à cerca de 46,8 mil empresas em cursos de aperfeiçoamento profissional, serviços técnicos e de consultoria no âmbito do programa Brasil Mais Produtivo.
2- Plano de Trabalho do Acordo de Cooperação Técnica firmado entre Ministério da Cidadania e Sesi
Prevê a oferta de acompanhamento pedagógico em língua portuguesa, matemática e habilidades socioemocionais, integrado com cursos de qualificação profissional para 800 mil jovens de 18 a 29 anos.