Deus revelou propósitos nos relacionamentos interpessoais, e a cada dia que passa, estamos mais preocupados com a nossa própria vida. Que tal, hoje, exercermos a benevolência, bondade e misericórdia com o nosso próximo?

No dia 23/11/2019, fui participar de uma partida de futebol society, em um campo sintético, depois de muito tempo inativo nessa modalidade esportiva. Em um determinando lance, a ponta da minha chuteira se prendeu na grama e o meu pé se torceu, gerando rompimento de ligamentos. A dor era intensa e o inchaço tomou conta do meu corpo naquele momento.

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Dois dias depois da minha lesão, fui, acompanhado pelo meu irmão, fazer um exame, e enquanto eu aguardava na sala de espera, uma senhora em minha frente, começou a conversar comigo, perguntando o que havia ocorrido.

Respondi a todas as perguntas daquela senhora tão preocupada com a minha dor e quase ao final da conversa, a minha consciência me chamou a reflexão quanto ao fato de não ter, em nenhum momento, perguntado a ela, acerca do motivo que a trazia ela para aquele hospital e, a partir daqueles momentos finais, procurei saber mais sobre o seu caso.

Fiquei reflexivo sobre essa situação de relapso de minha parte, e cheguei à conclusão de que esse é um cenário recorrente em nossas vidas, pois não estamos percebendo a realidade do outro a nossa volta, como de fato é.

Estamos preocupados apenas com a nossa dor. Nos preocupamos em cuidar de nossas atividades, problemas, sonhos e planos, como se fossem o centro de tudo, esquecendo-nos de que existem pessoas em situação de real flagelo.

Ao trocar a experiência de dor com aquela senhora, percebi quão passageira e ínfima era a minha situação. Diante de tantas pessoas a minha volta, que estavam em situações piores, percebi o quanto deveria agradecer.

A partir disso, extrai uma lição: sempre haverá alguém com uma dor pior do que a sua, por isso devemos cultivar a gratidão e a alegria, mesmo envolto por problemas que parecem difíceis. É necessário aprender com os erros e dores da vida e, seguir adiante sem lamuriar.

Ao volvermos aos ensinamentos bíblicos, vimos o quanto Cristo fez pelos doentes e necessitados e, em várias passagens, é citado que Ele teve dó, pena, compaixão, tristeza ao ver os seus filhos em situações desprezíveis. Mateus 14:14 descreve: “Assim, quando Jesus saiu do deserto, uma vasta multidão estava esperando por Ele; teve pena deles, e curou os seus doentes”.

O Mestre já nos deixou essa lição. Precisamos nos interessar em olhar a dor do outro. Precisamos estar mais próximos das pessoas e de fato exercermos a benevolência, compaixão e espirito altruísta. Que tal, a partir de hoje, nos volvermos para as pessoas de outra forma, em uma outra perspectiva?

*FRANCISNEY LIBERATO BASTISTA SIQUEIRA é Secretário de Controle Externo, Auditor Público Externo do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso, Palestrante Nacional, Professor, Coach, Mentor, Advogado e Contador. Autor dos Livros “Mude sua vida em 50 dias” e “Como falar em público com eficiência”.

CONTATO: www.francisney.com.br  — — — https://www.facebook.com/profile.php?id=100004779404481.