Cada vez mais incorporada ao calendário de datas comemorativas do varejo nacional, a Black Friday deve mobilizar mais empresários neste ano, acompanhando a tendência de recuperação da economia. Dados apurados em todas as regiões do país pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostram que 21% dos empresários brasileiros, que atuam no comércio e no ramo de serviços eletrônico, devem aderir ao dia de promoções da Black Friday 2019, que neste ano será comemorada no dia 29 de novembro. Se as estimativas se confirmarem, haverá um crescimento de adesões, uma vez que em 2018, 16% dos empresários participaram do evento.
Para o superintendente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Cuiabá), Fábio Granja, as vendas também devem ter um aumento de 7% na capital mato-grossense. “É uma data que vem ganhando cada vez mais espaço no calendário brasileiro, muitos consumidores, por sinal, aguardam esse dia para fazer suas compras já pensando nos descontos que poderão ter, então, nossa expectativa é boa e acreditamos que o comércio em geral deve se preparar para a data com suas promoções”.
Granja acredita ainda que o número de compradores online pode se igualar ao de compradores em lojas físicas este ano. “Isso ocorre pelo fato do consumidor estar entendendo que a Black Friday não é só digital, mas também física. É um movimento que já vinha crescendo, mas que acelerou drasticamente nos últimos dois ou três anos”, disse.
57% veem na Black Friday oportunidade para ganhar clientes. Promoções serão principal estratégia e descontos serão, em média, de 24%
Considerando os empresários que vão participar da Black Friday deste ano, seis em cada dez (57%) acreditam que a data representa uma oportunidade para divulgar a loja e prospectar novos clientes e 43% veem a chance de aumentar as vendas. Há ainda um quarto (25%) de empresários que querem desovar estoques parados.
Já para os que optaram em não participar da edição, o principal argumento é o fato de não acreditarem que as vendas aumentem no período (60%). Outros 17% pensam que somente grandes marcas participam da Black Friday e, por isso, avaliam que é melhor não competir com elas.
Quanto às formas de preparação, as promoções especiais (55%) serão a principal estratégia dos empresários. Há ainda 42% que vão investir na divulgação da empresa, 23% que planejam aumentar os estoques, 16% que vão apostar na variedade de produtos e serviços ofertados e 11% que irão investir na operação das vendas pela internet, alcançando um público maior. O percentual médio de desconto deve girar em torno de 24%, percentual um pouco menor do que os 29% da pesquisa de 2018.
54% não acham que compras antecipadas da Black Friday prejudicam o Natal
Nos últimos anos muito tem se falado sobre a possível interferência da Black Friday nas compras de Natal, a data mais lucrativa do varejo para o ano. No entanto, os empresários sondados dizem, em sua maioria, que uma data não prejudica a outra. Para 54% esse tipo de interferência não existe e para 33%, o evento até mesmo contribui para o Natal vender ainda mais. Outros 8% falam em prejuízo no Natal por conta das vendas antecipadas na Black Friday.
Um indicativo de que as vendas da Black Friday não se sobrepõem as do Natal são as diferentes características de compras em cada uma das datas.