Flamengo e Vasco empataram em 4 a 4 nesta quarta-feira, no Maracanã, em partida válida pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro. Após o clássico, o técnico Vanderlei Luxemburgo falou com a imprensa sobre a partida e pediu respeito à camisa do Vasco.

– A história do futebol é bonita, porque tem de conhecer a história. Realmente estamos brigando ali embaixo, nunca escondi isso. Mas acima de tudo estamos brigando com dignidade. Respeita a tradição do Vasco. Essa camisa aqui tem tradição, história. É isso que os meus jogadores têm de honrar. Não brigamos pelo título, mas acima de tudo honramos a camisa do Vasco como eles honram a camisa do Flamengo.

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O jogo

– Foi um grande jogo, de oito gols. Ainda outras possibilidades. Saímos de campo satisfeitos porque o Vasco respeitou a equipe do Flamengo, mas não ficou com medo. É o provável campeão, já é o campeão, mas jogamos como tínhamos de jogar.

Postura do time

– Quem imaginou que ficaríamos ofensivos estava enganado. Duas linhas de quatro é uma estratégia. Sabemos quais são os pontos fortes do adversário. Deixamos os laterais passarem e exploramos a velocidade.

Sobre o Flamengo

– Queria dar os parabéns ao Flamengo pela maneira como vem jogando. E essa rivalidade existe há muitos e muitos anos, mas alguns jogadores do Flamengo se equivocaram ao dizer que são campeões e o Vasco briga por nada ou para cair.

Pedido de respeito

– A história do futebol é bonita, porque tem de conhecer a história. Realmente estamos brigando ali embaixo, nunca escondi isso. Mas acima de tudo estamos brigando com dignidade. Respeita a tradição do Vasco.

– Essa camisa aqui tem tradição, história. É isso que os meus jogadores têm de honrar. Não brigamos pelo título, mas acima de tudo honramos a camisa do Vasco como eles honram a camisa do Flamengo.

– Não é proibido empatar e ganhar do Flamengo. Não vejo nenhuma anormalidade nisso. Tenho de dar os parabéns ao jogo. Foi um grande jogo de futebol. A confusão a gente deixa de lado, mas é normal.

Sobre a entrada do Ribamar

– O Vasco vive um momento de transição. Os jogadores ficam muito questionados. Sai um gol, o cara é culpado, tem um pênalti, o cara é culpado. O Ribamar é um jogador dessa forma. Ele é um guerreiro, um trombador, que disputa toda bola forte.

– A tendência naquele momento do jogo percebemos que ia ter bola na área. A qualidade técnica foi ficando esquecida. Precisava de um jogador para chocar, disputar a jogada.

Soberba do outro lado?

– Não . Antes do jogo não vi absolutamente nada. Depois do jogo, surgiram algumas palavras mal colocadas. Tem de rebater, porque de repente esses jogadores mais jovens não conhecem a tradição de um clube como o Vasco.

Sobre provocação em avião antes do jogo

– Dentro do avião, vem um torcedor para provocar você e você ter uma reação. Esse torcedor é um babaca. Coloca uma situação dentro de um avião, como passageiro,para esperar uma reação. Hoje eu posso falar que ele é um babaca. Ali não é ambiente.

– Esse é um momento muito tenso no Brasil. O Jesus é um grande técnico, mas não podemos esquecer que no Palmeiras teve um argentino que fez grande trabalho. Tem outros estrangeiros que já vieram fazer grandes trabalhos.

Duelo tático

– Esquece isso. Nada a ver. Estudamos o adversário. O que eu fiz foi uma coisa que não tinha visto ninguém fazer. Ele encolhe o Arão, abre os dois zagueiros, adianta os laterais jogando. O que eu fiz? Matei os zagueiros para não terem conforto.

– Eu queria que os laterais deles passassem, que o Arão, que é um jogador que sabe sair jogando, se apresentasse para o jogo, porque iam tentar e iam perder a bola. Quando perdessem, eu teria as laterais.

Mais sobre o jogo

– Estamos num trabalho crescente. Aqueles jogadores do Flamengo parece que têm uma formiguinha dentro do calção. Eles mudam de lado e de direção a todo momento. Em uma oportunidade, eles matam. Estratégia é uma coisa, medo é outra.

– Tomar um gol do Flamengo com 42 segundos é complicado. Mantivemos o equilíbrio. Se partir para cima do Flamengo, vai tomar gol. Nós tivemos a maturidade. Sabíamos o que eles iam fazer. Acho que é o crescimento da equipe mesmo.

– É que o Raul, se você pegar, tem o entrosamento do Rossi e do Pikachu. O Raul passa no corredor. É uma característica do Vasco ter esses três jogadores juntos. Forçamos mais as jogadas por ali, porque é característica.

Favoritismo do Flamengo

– O futebol carioca tem história. O Flamengo é superior? É! Igualamos porque estudamos o adversário. Sabemos da qualidade e respeitamos, mas é Vasco da Gama. A história mostra que você entra em campo favorito e sai de campo derrotado.

– Tem de trazer a história e fazer o jogador acreditar nisso, envolver o jogador. Não é proibido empatar ou ganhar do Flamengo, não é proibido. Não está escrito lá que é proibido empatar ou ganhar do Flamengo.

Pikachu

– O Pikachu é o segundo capitão. Ele tem uma liderança boa com o grupo. Eu não gosto de olhar pênalti. Gosto de ver o barulho. Mas era ele que tinha de bater.

– Quando perdeu o pênalti, tirei ele duas ou três vezes, porque naquele momento uma perda de pênalti traria uma instabilidade muito grande, mas hoje eu nem falei nada, ele é o batedor. (Globo Esporte)