O Brasil é a nona maior economia do mundo e uma potência energética importante no mundo. É o nono produtor de petróleo do mundo, o segundo na categoria de biocombustível e produtor de energia hidroelétrica do mundo e o oitavo maior país em capacidade instalada de energia eólica.

O governo do Brasil está fortemente envolvido no setor de energia: possui metade da maior concessionária de energia elétrica do Brasil, a Electrobras, e metade da companhia de petróleo Petrobras. Como isto pode mudar no governo Bolsonaro.

Bolsonaro e os impostos sobre as placas solares

Uma das principais preocupações com relação à política energética do governo Bolsonaro está em questões ambientais. O Brasil é o sexto maior país em emissão de gases de efeito estufa (GEE) do mundo. Sob o Acordo de Paris, o país prometeu reduzir suas emissões de GEE em 37% até 2025 em relação às emissões de 2005.

O foco tem sido o combate ao desmatamento na Amazónia, o investimento em energias renováveis ​​e a melhor eficiência no setor agrícola.

No entanto, Bolsonaro parece desconsiderar as proteções ambientais. O seu governo planeia reduzir os impostos sobre combustíveis fósseis, afirmando que: “Na formulação dos preços da energia, incluindo combustíveis, há uma forte influência dos impostos estaduais, que deverão ser revistos entre todas as entidades federativas, para não sobrecarregar. o consumidor brasileiro”.

Além disso, Bolsonaro levantou a necessidade de acelerar os processos de licenciamento ambiental, inclusive para novas usinas hidroelétricas na região amazónica.

O plano do governo de Bolsonaro é promover o licenciamento ambiental para pequenas usinas hidroelétricas, prometendo que elas “assegurem que o licenciamento seja avaliado dentro de um período máximo de três meses.”

Se as medidas descritas ao longo deste artigo forem realizadas durante o governo Bolsonaro, haverá consequências locais e globais. O impacto sócio-ambiental negativo dessa política energética prejudicaria as comunidades indígenas e os setores mais pobres da sociedade. E será impossível para o Brasil cumprir com a redução de gases de efeito estufa.