O ambicioso projeto de Ronaldo Fenômeno para o Real Valladolid tem uma pedra fundamental: a compra do estádio José Zorrilla.
No entanto, as negociações estão travadas por conta de uma discordância entre o ex-atacante da seleção brasileira e agora presidente do clube e o conselho de esportes da cidade de Valladolid.
Enquanto a prefeitura, dona da propriedade, quer vender “apenas o concreto”, Ronaldo quer comprar todo o terreno e ter direito a fazer o que quiser com o local e não apenas reformar o estádio e ceder o controle do terreno ao poder público.
A divergência se dá por um motivo: a prefeitura quer garantir que o estádio siga na cidade independente do que acontecer com o clube enquanto Ronaldo quer uma garantia de que poderia mudar o investimento em caso de falha no projeto com o clube.
A compra do José Zorrilla é fundamental para o desenvolvimento do projeto pensado por Ronaldo para o Valladolid. Inspirado na Premier League, o Fenômeno tenta mudar uma realidade na Espanha: apenas 7 das 20 equipes de LaLiga são donas de seus próprios estádios – oito se considerarmos que o novo San Mamés, do Athletic Bilbao, é uma propriedade público-privada.
Ronaldo sabe que ser dono do próprio estádio é necessário para conseguir uma fonte de renda fundamental: os naming rights, ou direitos sobre o nome do estádio. Como proprietário do José Zorrilla, o Valladolid poderia vender o nome da nova arena para uma empresa e, assim, receber mais dinheiro.
No modelo que Ronaldo segue o estádio é considerado um “templo do clube, mas também um catalisador econômico e comercial essencial”. Ser dono de seu próprio estádio, vender os naming rights e garantir que a torcida esteja sempre presente são os pilares do ambicioso projeto de Ronaldo. Para isso, Ronaldo precisa vencer “a batalha” com a prefeitura e conseguir finalizar a compra. (IG Esporte)