O técnico Fernando Diniz se mostrou insatisfeito com o rendimento do São Paulo na derrota por 3 a 0 no clássico contra o Palmeiras, nesta quarta-feira, na arena do rival, pelo Campeonato Brasileiro. O treinador entende que a equipe se acomodou para o Choque-Rei depois de vencer o Atlético-MG por 2 a 0, no último final de semana.
– Essas questões (emocionais) estamos trabalhando constantemente, porque eu valorizo muito esse aspecto. Falei constantemente disso. Você vai amadurecendo a equipe durante os jogos. O que temos de entender, principalmente em um clube grande como o São Paulo, é que se você ganha hoje, tem que ganhar amanhã e depois de amanhã. É isso que a torcida espera. Aqui não tem… Espero que todo mundo corra atrás. É ganhar e continuar ganhando, para você ajustar o time nas vitórias. E não acontecer o motivo de acomodação, como aconteceu, para mim, do Corinthians para o Cruzeiro e da partida contra o Atlético-MG para a de hoje –afirmou Diniz.
– O comportamento do time foi muito semelhante com o que aconteceu lá em Minas, contra o Cruzeiro. Acho que o time fez um bom jogo contra o Corinthians, se satisfez com o jogo e não conseguiu se alimentar da vitória para enfrentar o Cruzeiro. E não soube se alimentar da vitória contra o Atlético-MG para encarar o Palmeiras. Acho que esse foi o principal defeito. O problema central do nosso jogo de hoje foi entrar com o mapa distorcido, com o mapa emocional distorcido, achando que o jogo seria igual, que a gente encontraria as mesmas facilidades. Pecamos e sofremos por conta disso – disse Diniz.
Fernando Diniz no clássico contra o Palmeiras — Foto: Marcos Ribolli
– O problema do Daniel Alves é ele jogar onde o jogo pedir, onde achar que é melhor. A gente não pode… Daniel Alves jogou na lateral… Começou no meio contra o Fortaleza, depois foi para a lateral e foi um sucesso total. Hoje perdeu de 3 a 0 e tem esse tipo de questionamento. O Daniel Alves pode jogar no meio ou na lateral. Ele joga bem nas duas.
Com a derrota, o São Paulo permaneceu com 49 pontos, em quarto lugar, mas podendo ter a aproximação de concorrentes diretos na luta pela classificação para a Libertadores de 2020.
– O São Paulo tem que se concentrar na vaga para a Libertadores. Se vai classificar em quarto, em terceiro, mas de maneira direta, esse é o objetivo claro. Todo mundo sabe que não tem jogo fácil no Brasileirão. Todo mundo está lutando por alguma coisa. Tem que se concentrar na Chapecoense para fazer uma boa partida.
Veja outros trechos da entrevista de Fernando Diniz:
– Achei que o Vitor Bueno estava um pouco cansado. Ele vinha sendo o jogador mais agressivo do nosso time, estava na dúvida de tirar ele, Antony ou Igor Gomes. Nos cinco minutos finais, achei que ele teve uma queda, sem tanta agressividade. Mas de fato ele fez um bom segundo tempo”, diz Diniz.
Sobre o desempenho de Pato
– Da maneira que eu fui enxergando os jogadores, eu acho que ali o time ficou mais harmonioso, o Vitor Bueno está bem na posição, o Antony específico para jogar pelo lado. As orientações para o Pato não são para ficar fixo na área, como um 9 tradicional, como o Deyverson no Palmeiras. Eu não acredito que o rendimento de um jogador seja apenas pelo posicionamento dele em campo. Tem que se esforçar nos treinamentos para poder melhorar. E se eu achar que ele pode render em outra posição, eu vou colocar. Por ora, eu acho que é o melhor posicionamento.
Partida contra a Chapecoense
– Eu vou ver durante esses dias que antecedem o jogo contra a Chapecoense. A gente vai colocar o melhor time. Não vai indicar um jogador ou outro. Vai ver a melhor situação. Os que eu achar que vão render mais são os jogadores que vão iniciar a partida. (Globo Esporte)