Depois de perder a esperança de receber a filiação do ex-prefeito Roberto França (sem partido), o PSB decidiu abrir diálogo com todos os pré-candidatos à Prefeitura de Cuiabá e investir em montar chapa forte à Câmara dos Vereadores. Durante ato de filiação, no auditório da Associação Mato-Grossense dos Magistrados (Amam), o presidente da Executiva do PSB, deputado estadual Max Russi, afirmou que a agremiação está aberta às conversações com todos os pré-candidatos ao Palácio Alencastro.
Ao lado do presidente do Rietório Nacional, Carlos Siqueira, e do senador amapaense João Capiberibe, Russi garantiu que o partido irá disputar eleições para as prefeituras nas cidades polos de Mato Grosso. Nem mesmo a presença do secretário de Estado de Saúde, vereador Gilberto Figueiredo (PSB), pré-candidato a prefeito, serviu para reacender a discussão interna.
Contudo, confirmou que vive uma incógnita em relação a Cuiabá, onde atualmente está sendo construída uma chapa para o Palácio Pascoal Moreira Cabral.
O deputado explicou que o diretório de Cuiabá ainda está se estruturando e que seu principal objetivo atual é de escolher os nomes que vão entrar na disputa por vagas na Câmara Municipal na eleição de 2020.
Para disputar a prefeitura, o partido até o momento não encontrou nenhum nome, mas não descarta apoiar outros projetos. Há possibilidade de embarcar no plano proposto pelo deputado estadual Lúdio Cabral (PT) de coligar com outros partidos de centro-esquerda para lançar um nome, ou até mesmo apoiar uma possível reeleição do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).
“O PSB até o momento não se reuniu com nenhum partido na capital e estamos chamando os companheiros, filiando as pessoas. Estamos focados em montar uma chapa de vereadores, o que sem sombra de dúvidas é fundamental para que possamos ter bons nomes para deputados estaduais e federais em 2022. Mas o Lúdio é um grande nome, já foi candidato, faz um grande mandato na Assembleia e não teremos dificuldade nenhuma em caso sermos procurados, de conversar com ele”, disse o parlamentar durante o evento.
“Temos a possibilidade de conversar com todos e definir aquele que for melhor para o PSB. Não descartamos (apoiar Emanuel). Não estamos fechando as portas para ninguém. Os nossos militantes vão discutir isso e ver o que é melhor”, afirmou.
Além do ato de filiação, o partido, também discutiu uma autorreforma para, segundo o presidente nacional, Carlos Siqueira, lutar pela melhoria do sistema político no país.
“Constatamos que a crise que vivemos no país é política. Pelo excesso de partidos, pela prática de natureza ética de corroer o sistema, então para dar contribuição a mudança do sistema político, temos que fazer nossa parte, que é fazer a autorreforma do PSB para que possa se atualizar, criar novas práticas e defender no plano nacional que o sistema político seja mudado e tenhamos um número de partidos reduzido”, explicou.