Com mais de 60% do seu território com áreas de preservação, conforme dados da Embrapa, o Brasil assumiu compromissos ambiciosos na redução das emissões dos gases de efeito estufa. Integrante da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), o deputado mato-grossense Doutor Leonardo Albuquerque (Solidariedade) tem defendido a construção de uma agenda positiva para o país apresentar na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP25), que acontece no Chile em dezembro.
Na opinião do deputado que vem atuando na pauta desde o mandato de deputado estadual em Mato Grosso, o Brasil terá a oportunidade de mostrar seu importante papel na preservação ambiental e na produção de alimentos. “O Brasil deve levar proposições e argumentações positivas para o mundo. E deve mostrar que tem uma das legislações mais restritivas e protetivas ambientalistas do mundo”, apontou, ao lembrar da questão das queimadas na Amazônia que gerou uma avalanche de informações equivocadas sobre a atuação da agropecuária nacional.
Sobre o assunto, o parlamentar reforçou a posição da FPA de defender a punição rígida para o desmatamento ilegal e esclarecer que a agricultura é uma aliada do meio ambiente.
“A Amazônia é nosso grande patrimônio, temos legislação e estamos fazendo esforços suficientes para preservá-la como está hoje. A importância de o Brasil mostrar que hoje na agricultura nós não precisamos mais derrubar área nenhuma. Estamos introduzindo tecnologia aumentando a produção, produzindo com mais qualidade, respeitando a legislação. E o setor quer criar legislações para que seja severamente punido quem quer desmatar ilegalmente. Queremos uma legislação que proteja esse meio ambiente, investir em tecnologia, dar segurança alimentar aos brasileiros e para o mundo e para isso o Brasil tem experiência de sobra”, completou.
O diretor do Departamento de Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores (MRE), Leonardo Cleaver de Athayde, esclareceu a importância da presença do país na COP 25. “O Brasil nessa negociação tem atuado como protagonista. Nós somos demandantes, temos uma experiência muito positiva”, afirmou.
Já o secretário de Relações Internacionais do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Roberto Castelo Branco, lembrou que a participação do Brasil nas emissões de gases de efeito estufa é de menos 3%. “É inferior a todo tráfego aéreo durante todo o ano. O Brasil está se comportando muito bem com relação às emissões”, disse.
COP 25 e a liderança do Brasil – A Conferência, no Chile será a última a ser realizada antes da entrada em vigor das metas de redução na emissão de poluentes pelos países signatários do Acordo de Paris. Assinado em 2015 com protagonismo de Mato Grosso, o Acordo foi aprovado por 195 países com objetivo de reduzir as emissões de gases de efeito estufa, que aumentam a temperatura do planeta, com o compromisso de manter o aquecimento global abaixo de 2° C, buscando limitá-lo a 1,5° C. A próxima reunião internacional vai acontecer em 2020, e será fundamental para apresentar as principais metas e garantir uma melhor preservação do planeta.
Confira a reportagem da Agência FPA na íntegra: