O senador mato-grossense Wellington Fagundes (PL) lembrou em Plenário o trabalho da educadora mato-grossense Maria Ponce de Arruda Müller, na semana em que se comemora o Dia do Professor (15 de outubro). Usou a história e biografia da cuiabana para homenagear todos os professores e mestres do Brasil.
Nascida em Cuiabá em 1898 e neta de Generoso Ponce, liderança política do estado, Maria Müller, como lembrou o senador, teve uma vida dedicada às salas de aula dos 16 aos 96 anos.
Ela foi professora e diretora em escolas de Cuiabá e desenvolveu intensa atividade cultural e social. Fundou a primeira revista feminina do estado, intitulada de “A Violeta”, publicou textos em veículos de impressa nacional, como “A Cruz” e “O Cruzeiro”, e teve o talento de poetisa e escritora reconhecido pela Academia Mato-Grossense de Letras, da qual foi a segunda mulher a conquistar uma cadeira, em 1930. A primeira foi Ana Luiza da Silva Prado, em 1921.
Maria Müller fundou o Abrigo Bom Jesus para crianças desamparadas, o Abrigo dos Velhos e a Sociedade de Proteção à Maternidade e à Infância de Cuiabá. Foi presidente da antiga Legião Brasileira de Assistência (LBA) e priorizou o cuidado das famílias dos pracinhas da Força Expedicionária Brasileira enviados à Itália para combater na Segunda Guerra Mundial. Para Wellington, a atuação de Maria Müller servirá sempre de inspiração para que os governantes possam avançar em medidas de valorização dos professores.
— Maria Müller encarnou e continuará encarnando todos os valores e qualidades que traduzem a imensa dívida do conjunto da sociedade brasileira — governados e, principalmente, governantes — para com nossos professores e nossas professoras. Uma dívida que, obviamente, merece ser lembrada por justas homenagens, mas que, para ser resgatada, exige gestos concretos de incentivo e valorização profissional da carreira do magistério — cobrou.