O mundo muda na velocidade da luz. Faz apenas duas décadas que o estado de Mato Grosso encontrou sua vocação econômica: produzir alimento! E é obvio que as pessoas não vão parar de comer, mas também já está claro que justamente no mercado que nos interessa os modos de produção, manipulação e transporte já são valores agregados que estão consolidando.
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Não é de hoje que mercado, mercadoria e negócios são fatores que envolvem especulação, espionagem, notícias falsas com o intuito de derrubar a concorrência e sabotagem. Os barulhos envolvendo as queimadas e o uso de agrotóxicos fazem parte desta guerra por espaço no grande mercado mundial. O que não pode é uma auto sabotagem de um estado que vive do agro.
Fazer o enfrentamento das questões ambientais como forma de blindagem e garantia de espaços comercias para nossos produtos e produtores no mercado mundial é uma necessidade. Não se iludam que ataca-los com as mesmas ferramentas deles (discurso vazios, comunicação desencontrada e publicidade usando fake news), irá resolver. Não resolve! É necessário desenvolver técnicas de comunicação sistêmicas e investir em políticas que agreguem valor e antecipem possíveis novos ataques.
No mundo dos negócios a verdade por muitas vezes é manipulada para atender interesses de grupos, países ou mesmo especificidades laboratoriais. A persuasão do público (massa) em torno destes mesmos interesses nem sempre é republicana.
A vacina para o invencionismo mirabolante é a realidade nua e crua dos fatos, mas precisa saber comunicar eles ao mundo. Ou se produz com as garantias ambientais perfeitas e comprovadas para se ter consistência no combate a guerra comercial ou haverá vulnerabilidade perene para colocação de produtos neste mercado cercado pelo protecionismo ideológico e fiscal. Exemplos é o que não faltam: ovo mata, ovo cura; café faz mal, café faz bem. Quem disse? O mercado e seus interesses em aumentar ou em diminuir o consumo!
Mas não é só isso; a tecnologia e a ciência aliadas a produção de alimentos em laboratório (artificial) poderão muito em breve ser outro empecilho a produção “raiz’ ou de auto performance e em grande escala com utilização do solo. Em virtude disto temos que pensar o amanhã para hoje caso não queiramos ser surpreendidos. Para não colocar o agro como mais um ciclo falido em nossa história econômica.
“A galinha dos ovos de ouro” de Mato Grosso (alimentos) está em constante risco e não conte com o apoio da população do nosso litoral, e nem dos estados coirmãos industrializados. Este enfrentamento é único e exclusivo dos estados produtores de alimentos. O enfrentamento é nosso e temos que fazer com uma certa urgência.
*JOÃO EDISOM DE SOUZA é Articulista, Professor de Ciências Política, Consultor Político, Gestor de Comunicação, Imagem e Crise e Comentarista político da rádio Jovem Pan – Jornal da Manhã.
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